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“Amo o fato de que mesmo com 20 anos de estrada, conseguimos tocar músicas novas”, diz vocalista do The Hives

Banda voltou ao Brasil depois de cinco anos com um disco novo e muita energia dentro e fora do palco

Pedro Antunes Publicado em 01/04/2013, às 00h03 - Atualizado em 02/04/2013, às 14h13

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Apesar do figurino classudo, The Hives faz apresentação cheia de molecagens. <a href="http://rollingstone.com.br/noticia/lollapalooza-2013-apesar-do-figurino-classudo-hive-faz-apresentacao-cheia-de-molecagens/" target="_blank"><b><u>Leia mais.</u></b></a> -  Fernando Schlaepfer/Flickr oficial
Apesar do figurino classudo, The Hives faz apresentação cheia de molecagens. <a href="http://rollingstone.com.br/noticia/lollapalooza-2013-apesar-do-figurino-classudo-hive-faz-apresentacao-cheia-de-molecagens/" target="_blank"><b><u>Leia mais.</u></b></a> - Fernando Schlaepfer/Flickr oficial

Do mesmo jeito explosivo como saíram do palco Cidade Jardim, no início da noite deste domingo, 31, no Lollapalooza, os cinco integrantes do sueco The Hives chegaram na sala reservada para as entrevistas com os artistas do festival.

Animados, eles falavam todos ao mesmo tempo, como se ainda estivessem com os instrumentos, prontos para mais uma das suas canções rápidas e diretas. “Sentimos muito pela ausência”, disse o vocalista Pelle Almqvist, sobre o fato de que a banda não passava por aqui havia cinco anos. “Nós deveríamos comprar uma casa aqui!”, brincou o guitarrista Nicholaus Arson.

Com um sorriso sacana no rosto, Pelle diz que conversou no sábado, 30, com o Queens of the Stone Age, que se apresentou naquela noite, sobre uma vinda em conjunto. “Deveríamos fazer uma longa turnê em conjunto pela América do Sul”, disse ele. “Com uns quinze shows em cada país. Acho que devemos isso, não?” Ele continua: “Definitivamente vamos voltar com mais tempo, acredite”.

Mas talvez a ausência tenha sido a chave e o segredo para a boa receptividade que a banda teve no palco Cidade Jardim. Em ação, o Hives parece não ter limite – e uma energia inesgotável. “É como o rock and roll deve ser, não?”, diz Pelle. “Um show não deve ter aqueles momentos parados para que o cara vá comprar uma cerveja, ou algo assim. Tem que ter esse ritmo o tempo todo. Nós precisamos disso, nem que seja para não aguentarmos levantar no dia seguinte.”

Tudo com a banda sueca é intenso. Parece até que o tempo longe do material inédito – foram cinco anos entre The Black and White Album (2007) e Lex Hives, do ano passado – encheu a banda de gás e, a cada novo show, uma nova combustão. “Gosto muito desse novo álbum”, conta Pelle. “Porque conseguimos terminá-lo depois de um longo tempo e é um ótimo disco. É o nosso álbum mais consistente. Amo o fato de que mesmo com 20 anos de estrada, conseguimos tocar músicas novas”, afirma..

No palco, Pelle havia dito que uma hora de show, como havia sido estabelecido pela produção do festival, era muito pouco para eles. “Vamos ficar aqui até que nos levem para um manicômio”, bradou o vocalista. Ali, no backstage, contudo, a resposta foi diferente. “Acho que não teríamos música o suficiente”, diz ele.

Nicholaus Arson compara uma performance do Hives como uma corrida de dragster, aqueles poderosos carros que competem em linha reta, para descobrir qual possui a melhor aceleração. “Imagine uma corrida de dragster de três horas? Onde chegaria?”, afirma, para o riso do resto. “Falando sério, agora: nós queremos que nossa energia no palco esteja sempre 110%. No começo, conseguíamos fazer isso por 15 minutos. Agora, seguimos assim por uma hora e meia”, completa. O pique, aos poucos, diminui. Simpática, a banda se despede. “Quatro horas de punk rock é demais, não é?”, diz Pelle, seguindo para a van.