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Black Keys fala sobre tocar no festival Coachella pela quinta vez

“Agora somos super durões”, brinca Dan Auerbach

Simon Vozick-Levinson Publicado em 20/04/2012, às 13h08 - Atualizado às 13h11

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Dan Auerbach - The Black Keys - AP
Dan Auerbach - The Black Keys - AP

“Esse cara parece um personagem criado pelo [cineasta] Wes Anderson”, diz Dan Auerbach, vocalista do Black Keys, ao presenciar a entrada no palco de Jarvis Cocker, do Pulp. Estamos a duas horas do show do duo na primeira noite do festival Coachella Valley Music and Arts Festival, no último sábado, 14, e Auerbach e o baterista Patrick Carney estão esparramados no sofá de um trailer no backstage, assistindo à abertura do show do Pulp em uma tela de TV.

“Caramba!”, Auerbach continua, à medida em que Cocker gesticula para a enorme plateia a apenas alguns metros de onde o Black Keys se encontra. “Cara, ele está arrebentando.”

Carney não tira os olhos da tela. “Talvez a gente devesse fazer umas aulas de teatro.”

“Eu sei, cara”, diz Auerbach, com um sorriso irônico. “A gente é uma merda.”

Este ano marca a quinta viagem do Black Keys ao Coachella, e a estreia da dupla como maior atração do palco principal. “Eu gosto de relembrar a primeira vez em que tocamos no Coachella, em 2004”, Carney diz. “Estava quente para caralho. A gente suava em bicas e tinha só algumas pessoas lá.”

“Foi na tenda sem ventilação”, Auerbach completa. “Era o tipo de calor em que você fica completamente encharcado, exceto pela parte de cima da cabeça, que é de onde sai o suor.”

Carney ri. “Então se a gente conseguiu sobreviver a isso, que basicamente era um treinamento da marinha no inferno, mas no mundo do rock & roll – isso aqui é tipo uma aposentadoria em Palm Springs.”

“Yeah”, Auerbach diz. “Conseguimos. Agora somos tipo, super durões. Duros como pregos.”

Nesta noite, o Black Keys retorna ao Coachella na primeira edição em que o festival expande seus domínios para dois finais de semana. Mas o grupo não planeja mudanças no setlist de um show para o outro. “Disseram pra gente que ninguém que está aqui hoje virá no próximo fim de semana”, diz Carney.

“É o que nos disseram”, Auerbach emenda, irônico. “Também nos disseram que 99 por cento das pessoas que estão aqui vieram para nos ver. Também nos disseram que estamos em primeiro lugar em todas as rádios. Nós nos cercamos de puxa-sacos.”

O Black Keys tem um ano movimentado pela frente, com shows marcados na Europa, América do Norte e Austrália, mas eles esperam trabalhar no sucessor de El Camino durante pausas na turnê. “Vamos começar logo”, diz Carney. “Não temos certeza de quanto tempo vai levar, mas acho que nós dois gostaríamos de lançar outro disco no ano que vem. Precisamos manter o jogo rolando.”

“O papai precisa de um carro novo”, diz Auerbach.

“Yeah”, Carney emenda. “Temos que comprar novos Yugos para nossos pais.”