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Gilberto Gil em show no MECAInhotim enfatiza importância de movimentar Brumadinho depois de crime ambiental

Entre canções, segundo dia do festival também foi marcado pela lembrança do rompimento da barragem na cidade de Minas Gerais pelos artistas

Nicolle Cabral Publicado em 19/05/2019, às 14h28

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Gilberto Gil (Foto: Fernanda Tiné)
Gilberto Gil (Foto: Fernanda Tiné)

A quinta edição do MECAInhotim, que se estende até este domingo, 19, foi constantemente marcada pela memória do crime ambiental cometido na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, devido o rompimento da barragem da Vale.

Gilberto Gil, como principal atração da noite, enfatizou a importância desta edição ao movimentar a cidade após a tragédia. 

O primeiro dia do festival registrou os 121 dias após o ocorrido, mas se reergueu – assim como todo o evento – ao movimentar a economia local e buscar celebrar a cultura por meio de intervenções artísticas, grandes shows, talks e workshops.

Com um sol que ninguém estava esperando, o segundo dia do MECAInhotim foi agraciado e deu uma trégua para quem chegou mais cedo para aproveitar o roteiro de galerias e obras de artes do Instituto Inhotim.

Quando a noite chegou, a programação de shows foi estreada pela Céu que transitou entre os seus quatro discos de estúdio, Céu (2005) com as canções “Lenda” e a clássica versão de “Concrete Jungle” do Bob Marley, Vagarosa (2009) com “Cangote”, Caravana Sereia Bloom (2012) com “Streets Bloom” e o aclamado Tropix (2016) com “Arrastar-te-ei”, “Amor Pixelado”, “Minhas Bics”, “A Nave Vai”, “Etílica”, “Perfume do Invisível” e “Varanda Suspensa”.

Com apresentação intimista, Céu interpreta suas canções com intenso vocal e dança sob a influência dos beats jamaicanos e convida o público a se entregar para as suas combinações de afrobeat, jazz, R&B e MPB.

Na sequência da programação, a rainha da sofrência pop, Duda Beat,  chegou ao MECAInhotim e entregou o seu diário aberto Sinto Muito (2018). Com “Bédi Beat”, a cantora pernambucana, que lotou o palco principal do festival, fez todo mundo cantar e revisitar os seus amores com os hits do seu disco de estreia.

Além disso, a convite da Fiat com a ação “Conectando Tribos”, a apresentação contou um convidado especial, Erasmo Carlos, e juntos cantaram “Vem Quente que Eu Estou Fervendo”, “Festa de Arromba” e “É Preciso Saber Viver”.

Durante o show, Duda relembra o crime ambiental em Brumadinho e enfatiza que “é preciso que todos saibam que estamos aqui. As pessoas estão com medo de vir para cá pelo o que aconteceu. Não tem razão para não visitarem algo tão lindo.”

Com breve apresentação, o baiano Gil trouxe o seu mais recente projeto OK OK OK (2018) mas transitou pelos hits da carreira como “Lugar Comum” (1971) e trouxe versões de outros artistas como “Avisa Lá”, do Olodum, “Pro Dia Nascer Feliz”, do Barão Vermelho, e “Maracatu Atômico” do Nação Zumbi. 

Na abertura do festival, o maior museu de céu aberto no mundo recebeu os artistas Castello Branco, MC Tha, Pitty. A programação se encerra neste domingo, 19, com shows da banda Lamparina e a Primavera e Tulipa Ruiz. 

* A Rolling Stone Brasil viajou a convite da Campari Brasil

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