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Festival do Rio 2013: Gravidade é ótimo drama, com momentos de extrema beleza e tensão

Longa conta com direção de Alfonso Cuarón e chega aos cinemas brasileiros em 11 de outubro

Paulo Gadioli, do Rio de Janeiro Publicado em 28/09/2013, às 12h54 - Atualizado às 13h10

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George Clooney - Gravidade - Divulgação
George Clooney - Gravidade - Divulgação

De Georges Méliès a Stanley Kubrick, muitos cineastas já nos levaram ao espaço. Nessa viagem, porém, poucos fizeram dos humanos seres tão frágeis, pequenos e, ao mesmo tempo, poderosos quanto Alfonso Cuáron em Gravidade. Usando o planeta Terra como pano de fundo para a história de solidão e superação vivida pelos astronautas Matt Kowalsky e Ryan Stone, George Clooney e Sandra Bullock, respectivamente, o cineasta cria uma imersiva experiência na qual, como raras vezes, o 3D é essencial.

A primeira cena logo dá o tom do filme. O longo plano-sequência mostra a câmera se movimentando como os astronautas. Lenta, vagarosa, alternando-se entre a ação dos personagens, um mero reparo da nave, com a vista do planeta, o gigante ao fundo. O cineasta filma com um senso de admiração, mas ainda colocando o ser humano em posição de destaque, enquadrando-o próximo, grande.

Na trama, os destroços de um satélite entram em rota de colisão com a nave onde estão Kowalsky e Stone. Assim, eles tentam correr para finalizar os reparos e voltar, mas são atingidos em cheio pelos pedaços de metal em alta velocidade. No meio do desespero, a corrente que une Bullock à nave se arrebenta e ela fica à deriva, como o material promocional do filme mostra (assista abaixo).

Nesse momento, a figura se inverte. A pessoa que antes parecia forte e no controle agora nada mais é do que mais um ponto na imensidão escura. Cuarón mantém o plano aberto, mostrando nada além das estrelas, e Sandra Bullock completamente perdida, rodando sem saber seu destino pouco após ter ouvido a frase “não solte” de seu companheiro que ainda a tentava salvar.

Esta pequena linha, presente também nos trailers e pôsteres, resume um dos grandes temas do filme: as implicações de segurar-se a algo a todo custo. Ambos os personagens são forçados a fazer escolhas com consequências imediatas, decidir quando segurar e quando largar. Com Gravidade, Cuarón apresenta um ótimo drama situado no mais bonito dos lugares, garantindo momentos de extrema beleza e tensão.

Saiba quais são os horários de exibição de Gravidade no Festival do Rio:

SAB (28/9) 23:59 Odeon Petrobras

QUI (3/10) 14:00 São Luiz 3

QUI (3/10) 19:00 São Luiz 3

SEG (7/10) 16:30 Leblon 2

SEG (7/10) 21:30 Leblon 2

QUI (10/10) 21:30 Cinemark Downtown 10

Este texto foi originalmente publicado no dia 13 de setembro, durante o Festival de Cinema de Toronto.