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Lily Allen confirma: quer deixar a música "por um ou dois anos"

Cantora espinafra a internet e diz pretender, durante o hiato, abrir uma gravadora e uma loja de aluguel de roupas

Da redação Publicado em 03/12/2009, às 11h53

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Lily Allen reiterou que manterá sua carreira musical em banho-maria por um tempo. A cantora britânica, que há meses vem demonstrando insatisfação com a cena, deve ficar "um ou dois anos sem gravar e interpretar músicas" a partir de março, contou ao programa de rádio BBC Newsbeat. A saideira será um show no mês sinalizado, junto ao rapper conterrâneo Dizzee Rascal, na O2 Arena, em Londres. "Foi a última coisa que planejei. Apenas vou me concentrar em fazer coisas do tipo bastidores", disse.

Durante o hiato, de fato, Allen não pretende dar vez ao marasmo. Os planos são abrir uma gravadora, conforme noticiado em outubro, inaugurar uma loja de aluguel de roupas com sua irmã e "passar algum tempo na casa que construi para mim".

Você pode ter estranhado a ausência de Allen na esfera virtual. Antes uma típica "rata de internet", a cantora se afastou disso também. A última mensagem no Twitter, por exemplo, é de 28 de setembro - quando ela se declarou uma "neoludista", referência ao movimento inglês do século 19 que pregava a destruição das máquinas.

O desinteresse pelo virtual veio em seguida ao ataque da cantora à pirataria. Desiludida com a queda da venda de discos, ela chegou a criar um blog para criticar a troca ilegal de arquivos - foi nesse espaço que deu sua primeira declaração contudente a respeito de abandonar a cena musical, ao menos por um tempo. No blog, que teve vida curta (foi deletado em questão de dias), ela escreveu: "Só para vocês saberem, não renegociei meu contrato e não tenho planos de fazer um novo álbum".

"Parei tudo", Allen afirmou ao Newsbeat. "Não tenho um computador e não tenho um blackberry. Não uso e-mails ou nada parecido agora."

Na sequência, explicou melhor a birra com a internet: "Decidi parar de ser tão hipócrita e consumir coisas e pagar por elas. Compro músicas em vinil e compro jornais. Apoio a indústria na qual me insiro".

Ratificou o que já havia manifestado em sua despedida no Twitter: "Sou uma neoludista, é como eu me descrevo". Apesar do recém-adquirido ranço com a web, ainda é possível adquirir produtos da cantora em seu site oficial.

A loja de aluguel de roupas que pretende montar com a ajuda da irmã se chamará Lucy in Disguise. "É sobre fazer a moda ser democrática", afirmou. "É sobre arranjar roupas realmente legais, mas deixar que as pessoas as aluguem por preços em conta, para que elas possam sair e se sentir valendo um milhão de dólares, e não vai custar um milhão."

Quanto à gravadora, ideia que a põe nos mesmos trilhos de Amy Winehouse, Allen deseja dar suporte aos novatos. O foco será "em novas bandas, mas num estágio muito seminal".

Ela diz não querer "competir com as outras gravadoras", mas insiste em "ajudar os novos artistas".

Só ficou faltando comentar se murchou ou ainda está de pé o plano de protagonizar um espetáculo no West End (equivalente londrino a Broadway). A peça seria Reasons To Be Pretty, do dramaturgo e cineasta norte-americano Neil LaBute.