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O Predador tem muita adrenalina e pouco cérebro

Revival da franquia é direcionada aos pouco exigentes

Paulo Cavalcanti Publicado em 13/09/2018, às 16h05

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Divulgação/ Fox FIlmes - Divulgação/ Fox FIlmes
Divulgação/ Fox FIlmes - Divulgação/ Fox FIlmes

Na metade da década de 1980, Arnold Schwarzenegger estava no auge. Tempos depois do fenômeno O Vingador do Futuro, ele estrelou Predador. No longa clássico lançado em 1987, o ator lutava em meio de uma floresta tropical contra um monstrengo vindo de outro planeta e que matava por esporte. O filme e a criatura logo entraram para a cultura pop. Ao longo das décadas seguintes, o público veria sequências e alguns spinoff baseados na terrível criatura. Alguns destes filmes se mostravam interessantes e outros, meramente descartáveis. A franquia agora é revivida em uma nova versão do filme, que estreia hoje nos cinemas.

No filme, uma nave aterrissa em uma selva desconhecida. Um grupo de soldados, liderados por um atirador de elite chamado Quinn McKenna (Boyd Holbrook), luta contra o Predador e logo os militares são aniquilados. Mas McKenna escapa e rouba parte do traje do monstrengo. Esse fica louco da vida e ruma para Los Angeles com a intenção de recuperar seu material, que agora está na mão de Rory (Jacob Tremblay), filho autista de McKenna. Na cidade, mais Predadores surgem para tocar o terror e o militar se alia a grupo de ex-soldados desajustados, além da bióloga Casey (Olivia Nunn), entendedora de DNAs, para tentar derrotar os inimigos.

Escrito e dirigido por Shane Black (roteirista da série Máquina Mortífera e diretor de Homem de Ferro 3), O Predador é um filme curioso, em que a ação e o sangue são constantes, embora qualquer tipo de choque e seriedade sejam dissipados pelo tom de comédia e de paródia. Este é um daqueles longas nos quais os personagens fazem piadas no instante em que estão prestes a morrer.

Não dá para esperar um roteiro bem amarrado em um filme cuja essência é a mesma de um jogo, com atores rosnando palavras de ordem e, no meio disso, fazendo algumas gracinhas. Os efeitos especiais e a edição final também não são de primeira e o filme tem todo o jeitão de uma produção para a televisão que foi jogada repentinamente para a tela grande. Com um elenco de atores bem conhecidos, O Predador é até fácil de assistir (especialmente para quem é fã da franquia), mas quem espera cinema de classe, ou quer relembrar a magia do original dos anos 1980, vai se decepcionar.