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Quatro gerações do skate se encontram no “quintal” de Pedro Barros em Florianópolis

A final do Red Bull Skate Generation contou com a presença de Christian Hosoi, Steve Alba, Eddie "El Gato" Elguera, Sandro Dias, entre outros

Nayana Chiarella Publicado em 15/04/2013, às 15h08 - Atualizado em 16/04/2013, às 16h16

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O legend Steve Alba - Helena Wornicow
O legend Steve Alba - Helena Wornicow

Foi debaixo de céu azul e perante a paisagem da cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, que aconteceu a final do Red Bull Skate Generation no último domingo, 14. Esta celebração em forma de campeonato promove o encontro de diferentes gerações do skate no bowl particular instalado no "quintal" da casa do tricampeão mundial Pedro Barros. Ela chega a sua terceira edição mostrando que a cada ano ganha mais força, adeptos dentro e fora do Brasil, e vem sendo disputada por aqueles que querem ver tudo de perto, já que ainda é um evento limitado aos convidados do anfitrião. "Está crescendo cada vez mais. Este ano tem muito mais gente do que ano passado, mas ainda não parei para pensar no futuro disso. Quem sabe em algum momento arrumamos um novo local, que possibilite abrir para o público? Porque aqui realmente não tem como comportar muito mais”, diz Pedro, filho de skatista e que desceu uma rampa de half-pipe (estrutura em U usada para praticar o esporte) pela primeira vez aos 5 anos de idade - hoje, aos 18, é o maior destaque da cena.

O início foi com um minuto de silêncio e uma salva de palmas calorosa dedicados aos amigos que morreram este ano, entre eles Chorão, líder do Charlie Brown Jr., encontrado morto em 6 de março deste ano. O evento, em si, consistiu de uma entre seis equipes, cada uma contendo o representante de cada categoria (Amador, Profissional, Pro Master e Pro Legend). Na lista de presenças ilustres estavam os profissionais Sandro Dias, Omar Hassan, Sergie Ventura e Joshua Rodriguez, além de os aclamados legends Steve Alba, pioneiro do skate vertical em piscinas nos anos 70 e 80, e Eddie "El Gato" Elguera, criador de manobras inovadoras no inicio dos anos 80. "Estou com 50 anos de idade, então é incrível ver que o pessoal ainda gosta dos caras velhinhos", brinca Eddie, que relembrou a vinda ao Brasil em 1988, quando quebrou o tornozelo, "mas mesmo com o acidente, ainda me diverti muito aqui. Eu adoro o Brasil", afirma Eddie.

Christian Hosoi, legend mais aclamado da ocasião e ícone dos anos 70, ficou conhecido por se profissionalizar aos 14 anos, tendo dividido as rampas e piscinas californianas com Stacy Peralta e Jay Adams. Já pela segunda vez participando do evento, notou muitas mudanças do ano passado para cá. "Definitivamente este ano tem muito mais gente, o bowl está melhor, cresceu demais o número de fãs no evento e o clima este ano estava perfeito, ano passado estava quente demais. Na verdade, acho que não exista lugar no mundo que bata isso aqui. O Havaí ate que é bem próximo, mas ainda fica em segundo na lista", diz Hosoi, já mostrando familiaridade com a ilha catarinense.

Mesmo respondendo com simpatia ao assédio do público e sendo um dos mais animados durante competição, Hosoi foi exigente na hora da trilha sonora que acompanharia seus 30 segundos dentro do bowl, fazendo sinal para o DJ, que logo tirou do hardcore e colocou Cypress Hill, conduzindo Hosoi a uma rápida uma coreografia antes de iniciar a prova. "Música faz você se manter na história, entende? Te mantém no ritmo, faz você se sentir bem e entrar no timing certo, e isso melhora sua performance com o skate. Então eu primeiro entro no ritmo, para depois cair nas rampas”, diz Hosoi, justificando as reboladas antes e depois de sua entrada.

No fim, a equipe composta por Pedro Barros (Profissional), Christian Hosoi (Legend), Duzinho Braz (Master) e Vi Kakinho (Amador) foi a campeã da disputa, que marcou um grande encontro do skate mundial da atualidade.