Levantamento da ONG Human Rights Watch aponta que jornalistas, congressistas e influenciadores estão entre os bloqueados por Bolsonaro
Redação Publicado em 19/08/2021, às 09h37 - Atualizado às 09h39
Jair Bolsonaro (sem partido) bloqueou diversos perfis que o criticaram nas redes sociais. O levantamento Human Rights Watch identificou 176 contas banidas pelo presidente, o que, segundo a ONG, impede o debate público democrático.
Conforme noticiado pelo G1, a maioria dos bloqueios aconteceu no Twitter em perfis de jornalistas, congressistas e influenciadores. Contas de veículos de imprensa e ONGs também fazem parte de lista de banidos pelo presidente nas redes.
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A Human Rights Watch aponta para a problemática da ação de Bolsonaro: “Isso impede que pessoas bloqueadas participem do debate público, viola a liberdade de expressão e as discrimina com base em suas opiniões.”
O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) foi um dos perfis bloqueados pelo presidente no Twitter — e comentou sobre o assunto na rede social (confira abaixo). Entre os banidos por Bolsonaro estão contas com mais de 1 milhão de seguidores a perfis com poucos milhares — mas o número deve ser bem maior.
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Gente, como todo covarde, Bolsonaro me bloqueou. Então vocês podem ajudar a fazer esse recado chegar a ele?
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) June 26, 2021
Jair Bolsonaro, a casa caiu, seu lugar é na cadeia.
A ONG, por meio de pedidos de acesso à informação, solicitou o número de bloqueios feitos Bolsonaro no Twitter, Facebook e Instagram. No entanto, a Secretaria de Comunicação da Presidência negou a informação, argumentando que não cuida dos perfis oficiais do presidente.
Assim, a ONG perguntou a internautas quem havia sido bloqueado pelo presidente. 400 responderam que sim, mas apenas 176 forneceram capturas de tela que comprovam a ação. As imagens, analisadas pela Human Rights Watch, apresentavam a conta, mensagem de bloqueio e nome de usuário.
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Segundo o levantamento, a maioria das pessoas que enviaram as imagens explicou que o bloqueio foi feito após a publicação de comentários criticando o governo. O G1 entrou em contato com assessoria da Presidência para comentar sobre o assunto, mas não houve resposta.
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