- Linn da Quebrada, Jup do Bairro e Badsista (Foto 1: Getty Images / Thomas Lohnes / Correspondente), (Foto 2: Jup do Bairro, Felipa Damasco e Cai Ramalho) e (Foto 3: Thais Oliveira)

Jornal inglês The Guardian enaltece Linn da Quebrada, Jup do Bairro e Badsista: 'Esquivam do racismo, transfobia e resistência da indústria'

As três artistas falaram sobre os projetos musicais que desenvolveram juntas e a luta pela inclusão da comunidade LGBTQ+ na música

Redação Publicado em 13/08/2020, às 10h53 - Atualizado em 18/01/2022, às 15h34

Linn da Quebrada, Jup do Bairro e Badsista são nomes cada vez mais conhecidos na indústria da música e na mídia nacional e internacional. A três artistas foram enaltecidas pelo jornal inglês The Guardian e falaram sobre a luta delas contra o racismo, a transfobia e a resistência da indústria.

A reportagem e entrevista enfatizou o altíssimo índice de pessoas trans mortas no Brasil, além de mencionar como o presidente Jair Bolsonaro é um "inimigo" da comunidade LGBTQ+.

+++ LEIA MAIS: Jup do Bairro: Transgressão e Pretitude de um Corpo Sem Juízo

“Com Jair Bolsonaro, o Brasil elegeu um inimigo da comunidade LGBTQ+ que descreve a si mesmo como orgulhoso de ser homofóbico; 130 pessoas trans foram assassinadas no país em 2019, mais do que em qualquer lugar do mundo. Mas essas artistas se recusam a se limitarem pelo medo ou pelas regras da sociedade”, afirmou o veículo. 

Em seguida, o The Guardian descreveu Linn, Jup e Badsista como “uma combinação de letras vulneráveis, declarações irônicas e ritmos dançantes” que lutam para além da representatividade - a qual destaca uma única voz no meio de tantas narrativas de resistência - e buscam a inclusão efetiva de artistas que fogem do padrão hétero cis.

+++ LEIA MAIS: Jup do Bairro, Mc Dellacroix, Linn da Quebrada, Rosa Luz e mais: 9 artistas transexuais e travestis incríveis para ouvir hoje 

“Formadas pelo baile funk, metal e muito mais, Linn da Quebrada e Jup do Bairro – com a produtora Badsista – estão se esquivando do racismo, da transfobia e da resistência da indústria musical para contar suas próprias histórias.”

A DJ Badsista contou como percebeu que precisava criar as músicas que gostaria de ouvir e como, hoje, ela vê a influência do trabalho que desenvolveu ao lado de Linn e Jup no disco Pajubá, o EP Corpo Sem Juízo e os projetos Travas Línguas e Bad do Bairro

+++ LEIA MAIS: O Beat Delas (Parte 1)

“Eu esperei para alguém fazer algo que me movesse ou me inspirasse, mas eu comecei a perceber que eu mesma teria que fazer isso [...] Agora, estamos notando que outras pessoas começaram a fazer as coisas doidas que fizemos. E é disso tudo que se trata”, disse Badsista

música notícia racismo indústria Transfobia Linn da Quebrada Jornal elogio inglês Badsista Jup do Bairro resistência The Guardian

Leia também

Kevin Costner teve dificuldades em conseguir financiamento para produzir Horizon


Cate Blanchett questiona porque homens não são questionados sobre falta de diversidade no cinema


Suposto agressor de Steve Buscemi é detido em Nova York


Mariah Carey fará show em São Paulo, segundo jornalista


Mulher que acusou Tommy Lee de agressão sexual pede arquivamento do processo


Guns N' Roses 'estão tentando' fazer um novo álbum, diz Slash