Ringo Starr fez show acompanhado da All-Starr Band, no Credicard Hall, em São Paulo. - MRossi / T4F / Divulgação

Nova versão da All-Starr Band dá peso ao show de Ringo Starr em São Paulo

O ex-baterista dos Beatles tocou na cidade nesta terça, 29, acompanhado de integrantes do Toto, Mr. Mister e de Todd Rundgren

Paulo Terron Publicado em 30/10/2013, às 01h11 - Atualizado às 12h04

Foi uma noite de música variada para quem se aventurou a assistir ao show de Ringo Starr, acompanhado da All-Starr Band, nesta terça-feira, 29, no Credicard Hall, em São Paulo. As alterações na composição do grupo que acompanha o ex-baterista dos Beatles em relação à versão que passou pelo Brasil em 2011 garantiram um clima de maior integração sonora e mais peso.

Galeria - O Lado B de Ringo.

Steve Lukather (guitarrista do Toto), Gregg Rolie (tecladista da fase clássica do Santana) e o guitarrista e cantor Todd Rundgren deram nova energia a Richard Page (ex-baixista do Mr. Mister), ao baterista Gregg Bissonette e ao percussionista/saxofonista Mark Rivera. O show teve pouco menos de duas horas de duração e uma quantidade impressionante de hits.

A apresentação abriu com uma versão mais pesada de “Matchbox”, clássico de Carl Perkins e parte do repertório dos Beatles. Na sequência, “It Don’t Come Easy”, o single que, em 1971, conseguiu bater John Lennon, Paul McCartney e George Harrison nas paradas britânicas. Do mais recente Ringo 2012 (2012), a All-Starr Band tocou a nova versão de “Wings” (originalmente lançada em 1977, e “atualizada” um ano atrás) e, mais tarde, a ode pacifista “Anthem”.

“Ela tira o peso de mim”, diz Ringo Starr sobre os shows ao lado da All-Starr Band.

Se houve alguém para competir com Ringo em termos de músicas de sucesso, foi Lukather. Do repertório do Toto ele mostrou “Rosanna” (com Rivera assumindo a parte aguda do vocal), “Afrika” (com Page cantando as partes altas) e “Hold the Line”. Mas, claro, Ringo tem as armas da maior banda de rock de todos os tempos, com “Yellow Submarine” e “With a Little Help From My Friends” (esta última encerrando a noite, com uma citação a “Give Peace a Chance”, de Lennon).

Rolie ajudou no balanço climático: mostrou “Evil Ways”, “Oye Como Va” (de Tito Puente, mas imortalizada pelo Santana no disco Abraxas, de 1970) e “Black Magic Woman” (com Ringo fora do palco). A parte anos 80 veio com o repertório de Page, que incluiu as incrivelmente datadas (poucos passaram impunes aos excessos da década) “Broken Wings” e “Kyrie”, mais a bela nova balada “You Are Mine”. “O Ringo é o cara mais legal do mundo, então me deixou mostrar essa faixa que acabei de escrever”, explicou Page, enquanto o ex-beatle acenava positivamente com a cabeça.

Exclusivo: no Brasil pela primeira vez, Ringo Starr conta como aprendeu a usar a ajuda de companheiros famosos.

O mais empolgado no palco era, de longe, era Rundgren. Alternando-se entre violão e guitarra, ele mal conseguiu ficar parado enquanto cantava músicas como “I Saw the Light” e “Bang the Drum All Day” – além de tocar gaita em “Don’t Pass Me By” (de The Beatles, 1968, o “álbum branco”), faixa que começou com Ringo Starr ao teclado.

Os fãs também tiveram surpresas para Ringo: balões amarelos e azuis em “Yellow Submarine” e fotos do músico erguidas em “Photograph” (composição de George Harrison para ele, gravada em 1973) – antes desta última, fez um gracejo perguntando o que os fãs gostariam de ouvir. Depois de escutar dezenas de pedidos diferentes, apenas riu e seguiu o roteiro normal da turnê.

Crítica: Em São Paulo, Ringo Starr junta astros do rock no palco e na plateia.

Ringo Starr e a All-Starr Band se apresentam em Curitiba na próxima quinta-feira, 31, antes de seguir para o Uruguai, Paraguai, Argentina, Peru e México.

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