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5. JORGE BEN JOR

A estética revolucionária de um gênio autodidata

Por Ricardo Franca Cruz Publicado em 14/10/2008, às 16h24

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A ignorância nas artes do violão fez com que ele inventasse um complexo e próprio modo de tocar. Alquimista máximo da negritude e do suíngue brasileiros, em 1963, na estréia com Samba Esquema Novo, não havia nada no mundo que soasse como as canções, o instrumento e a voz que Jorge, então somente Ben, escrevia, tocava e interpretava.

Simples na complexidade, popular na sofisticação, moderno na reinterpretação das influências, encerrava em si dedilhados e batidas de um samba torto e harmonias de uma bossa ingênua com a levada do rock n' roll, como se João Gilberto fosse Chuck Berry. Somados à voz tímida, de timbre ultra-pessoal, resultariam na estética revolucionária que causou o estranhamento dos puristas e despertou admiração e inveja entre vários desta lista. Na década seguinte, abandonaria o violão e, guitarra em mãos, viveu o ápice artístico.

Estabeleceu uma conexão sincretista inédita com a África, incorporando os ritmos negros de raiz, o balanço da soul music e do funk norte-americanos. Buscou na alquimia, no misticismo e nas religiões afro inspiração para escrever. A cada nova geração, Jorge é revisto profundamente a ponto de seus novos e menos inspirados discos passarem despercebidos frente às centenas de músicas eternas que ele registrou.

1. TOM JOBIM
O maestro soberano da Música Popular Brasileira

2. JOÃO GILBERTO
O revolucionário pai da bossa nova

3. CHICO BUARQUE
O poeta versátil da canção popular

4. CAETANO VELOSO
Um ser onipresente na música brasileira

5. JORGE BEN JOR

6. ROBERTO CARLOS
O artista que é a cara do Brasil

7. NOEL ROSA
Mito da boemia, ele morreu jovem demais

8. CARTOLA
O talento e a pureza de um gênio silencioso

9. TIM MAIA
Sem mudar os rumos da música, deixou marcas profundas

10. GILBERTO GIL
Sua carreira se confunde com a história de nossa cultura

Você conhece os outros 90 artistas nas páginas da edição 25 da RS Brasil, outubro de 2008