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Agora Tratando do Ritmo

Indo de enfermeira a cantora, Mari Antunes está pronta para estrear na maratona do Carnaval com o Babado Novo

Murilo Basso Publicado em 14/02/2013, às 12h49 - Atualizado às 12h54

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<b>TREINO</b> Antes de encarar o Carnaval, Mari Antunes... - MICHEL REY/DIVULGAÇÃO
<b>TREINO</b> Antes de encarar o Carnaval, Mari Antunes... - MICHEL REY/DIVULGAÇÃO

Uma das tradições do axé é a troca de vocalistas dentro de grupos tradicionais – o que às vezes funciona (Ivete Sangalo foi a sétima da Banda Eva, seguida por outros dois cantores). Entre 2001 e 2011, três passaram pelo Babado Novo – além de Claudia Leitte, titular do posto até 2008, os cantores Guga de Paula e Igor di Ferreira passaram pelo posto em momentos distintos. Agora, quem comanda o microfone do grupo baiano é Mari Antunes, 26 anos e dona de um rebolado capaz de parar qualquer multidão, que estreará no Carnaval de Salvador neste mês. “É um sonho que estou realizando”, ela diz.

Mari se interessou por música ainda criança, aos 5 anos e, mais tarde, começou a se apresentar em bares de Itabuna, região sul da Bahia. No entanto, ao concluir os estudos, optou por deixar a paixão de lado e se dedicar ao curso de enfermagem: trabalhou por quase dois anos no interior baiano, em hospitais e postos de saúde, Conta que gostava da profissão, mas a paixão pela música sempre falou mais alto. “Os pacientes pediam para cantar no trabalho”, relembra, bem-humorada. Durante esse período, Mari buscou conciliar o emprego com a música, se apresentando aos finais de semana. “Era uma rotina muito exaustiva. Chegou um momento em que tive que optar, fazer minha verdadeira escolha”, ela reflete, solene.

Então, em 2010, ainda com a banda Sarypa, ela se mudou para Salvador para se dedicar em tempo integral à nova carreira. Dois anos depois, recebeu o convite: “Era uma oportunidade muito grande para mim, afinal Babado Novo é uma marca conhecida nacionalmente”, diz. "Sempre tive uma vontade enorme de marcar o meu trabalho, cantar e mostrar o que sei fazer.” De lá para ca, a cantora tentou imprimir sua personalidade ao grupo, mesclando elementos do pagode baiano, arrocha e sertanejo. “São estilos muito fortes na Bahia, que não podem ser deixados de lado”, explica. “Hoje, nossa característica mais marcante é a alegria e a interação dos músicos com o cantor. Não é aquela banda que você olha para o lado e vê um músico parado.” A formação variada ajuda. “Agora também temos mulheres na banda. Tecladista, percussionista e vocalista. Gosto de companhia feminina, dá para trocar umas figurinhas.”

De qualquer forma, Mari Antunes não esconde a empolgação com o novo momento da carreira, com disposição exemplar para encarar a rotina de ensaio e gravações: “Tem dias que o bicho pega e chegamos ao limite do cansaço. Mas sempre consigo dar uma escapadinha para não enlouquecer. Nesses momentos, assumo o papel de dona de casa. Adoro cozinhar”.

A cantora não teme comparações com Claudia Leitte, lançada pelo Babado Novo. “Lógico que não atrapalha. Tá doido? Eu, começando agora e já sendo comparada a uma artista tão completa como a Claudinha... É uma honra!”, diz, para depois analisar uma das notícias mais recorrentes da música baiana. “Acho que essa tal rivalidade entre Ivete e Claudia é mais da parte dos fãs e da mídia. Admiro muito as duas. Da parte da Claudinha, acho que ela trabalha muito bem a parte da performance, o cenário do seu show. De Ivete, gosto da forma como ela transita entre os mais diversos gêneros: canta com nomes como Gil e Caetano e interpreta composições do Herbert Vianna de uma forma única.” Ela ainda afirma se inspirar em outros nomes, como Daniela Mercury e Aline Rosa, mas que também busca referências fora de seu gênero. “Não tenho preconceitos. Hoje tenho ouvido muito sertanejo, sempre gostei de artistas como Djavan e Marisa Monte e quando era criança passava horas imitando os passos do Michael Jackson.”