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Caetano Veloso: polêmico, inovador e inspirador

Redação Publicado em 07/08/2015, às 13h16 - Atualizado às 13h16

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Caetano Veloso - Victor Affaro
Caetano Veloso - Victor Affaro

Vivendo do Ócio

“Caetano sempre nos influenciou, assim como outros grandes nomes da música brasileira. Porém, essa influência só começou a sobressair mais com nosso segundo disco, O Pensamento É Um Ímã. Temos uma música chamada ‘Radioatividade’, que fala sobre Salvador e tem influência direta da canção ‘Triste Bahia’ e, consequentemente, da poesia de Gregório de Matos, que tem o mesmo título. Chegamos a convidar o Caetano para gravar essa música com a gente, mas, na época, ele estava em turnê na Europa com Maria Gadú. Por isso não pôde gravar. Como o pensamento é um ímã e o mundo da música às vezes gira mais rápido do que a gente espera, quem sabe um dia teremos a honra de gravar ou tocar com ele.”


Bonde do Rolê

"Sempre gostamos do Caetano, principalmente pela capacidade de mudar e não ligar para o que os outros acham. Já fez disco, axé, rock, e acreditamos que se ele amanhã fizer um disco de dubstep, vai ser incrível, pois terá a visão de um gênio de qualquer maneira! A música que mais marcou a gente como banda foi ‘Rocks’, do disco Ce. Música simples, direta com uma letra forte. Foi nosso hino em 2008."


Mariana Aydar

“Caetano é gênio, das poucas pessoas que te arrancam um sorriso quando começa a cantar. O que me surpreende sempre é o pensamento na frente, a antena ligada, sempre jovem, e sempre reverente às próprias movimentações criativas: arte, enfim. Difícil escolher uma música só. Fico com o disco inteiro Circuladô Ao Vivo, que foi por onde eu comecei a navegar nesse mar infinito, maré mansa, movimentos, ondas que derrubam, mas a gente sempre dentro do útero.”


Maria Gadú

“O Caetano é completamente importante não só na minha carreira, mas na minha vida e formação. A quantidade de informações que o Caetano transmitiu e transmite ao longo de todos esses anos que ele está aí pensando, falando e cantando... enfim, eu escuto Caetano desde que sou pequenininha, e ter a oportunidade de estar, conviver e dividir com ele foi muito especial. Caetano é um cara muito complexo. É até esquisito falar sobre ele, porque é difícil arrumar palavras para descrevê-lo. Eu gosto demais dele. [A minha música preferida é] ‘O Quereres’, com certeza, porque é foda [risos]. Não me lembro quando a ouvi pela primeira vez, porque eu era bem pequena, mas lembro de ter me apaixonado enlouquecidamente. Eu tenho fissura nessa música e a letra dela tatuada na minha perna.”


Paulinho Moska

"Na adolescência eu queria ser Caetano Veloso. Ele foi um verdadeiro príncipe (e ainda é) da minha geração. Sempre jovem, alegre, profundo e reflexivo. Um poeta maravilhoso que fotografa as coisas com lentes poderosas e nos revela encantos de recantos escondidos com suas melodias sofisticadas e ao mesmo tempo simples. Comecei a compor canções tentando imitá-lo e acho que aprendi mais escutando e lendo Caetano do que nas provas da escola. Ele é tipicamente brasileiro porque é multicultural, multirracial, joga em todas as posições, se interessa por tudo e celebra a vida como ninguém. Tenho dezenas de canções preferidas dele, mas escolho ‘Oração ao Tempo’ pela beleza da letra encadeada com a melodia... é inebriante, como o próprio Tempo. Caetano conseguiu imprimir nessa canção a sensação de transcendência das orações, alcançando seu caráter divino e humano, quando sua voz se confunde com a própria voz do Tempo."


Evandro Mesquita

“Caetano é o camisa dez, o instigador, o inspirador, descobridor de pérolas escondidas embaixo do nosso nariz. Uma fortíssima referência sempre. Um olhar atento ao que acontece no mundo do clássico ao underground e aqui também na nossa plural e singular música brasileira. É revolucionário... e tradicional, vai com elegância em todas as ondas. Dificílimo citar apenas uma música. As dos primeiros discos... Cinematográficas como ‘No Dia Em Que Eu Vim-me Embora’, ‘Clarice’, ‘Terra’, as para o Roberto... Caetano é um grande poeta, músico, cantor, pensador, é bom em inglês, português, francês, castelhano. Enfim, Caetano é craque, é bom pra caralho!”


Céu

“Caetano é atemporal e livre em sua maneira de compor e cantar. Prezo muito por artistas que têm, como principal comprometimento, fazer o que lhe faz sentido de verdade, independente do que se é esperado, do que é rotulado, do que é previsto. Ele transitou lindamente em todas as fases, sempre com uma unidade maravilhosa! Foi extremamente difícil escolher uma entre tantas músicas do Caetano, mas achei que ‘Eclipse Oculto’ ficaria linda sendo produzida pelo Fernando [Catatau, isso me ajudou a decidir por ela.”


(Comunicado oficial da cantora sobre o disco A Tribute to Caetano, do qual ela participa)


Marcelo Camelo

“É difícil escolher apenas uma música do Caetano. Ele é um compositor que, pela qualidade do seu trabalho, consegue estar em muitos lugares dos nossos sentidos. Escolhi ‘É de Manhã’ pelo afeto no momento da escolha. Mesmo quando a gente não sente diretamente a influência de um artista, as transformações que alguns compositores causam no nosso corpo de afetos são capazes de influir também sobre o nosso olhar.”

(Comunicado oficial do cantor sobre o disco A Tribute to Caetano, do qual ele participa)


Romeo Stodart, da banda londrina The Magic Numbers

“Escolhemos a faixa ‘You Don’t Know Me’, porque Transa é um dos meus álbuns favoritos e me influenciou musicalmente. Sempre adorei essa música. Pensei em fazer alguma coisa diferente, algo mais rígido e forte em termos de gravação. É uma canção que lida com o isolamento e o sentimento e a sensação de que ninguém sabe realmente quem você é. Focamo-nos nesse aspecto mais do que na própria história do Caetano e seu exílio em Londres. O som dos três primeiros álbuns dele é muito louco e realmente emocionante. São ritmos diferentes e, em termos de composição, suas letras têm muito poder. Somos fãs da música de Caetano há muito tempo.”

(Comunicado oficial do cantor sobre o disco A Tribute to Caetano, do qual ele participa)


Ana Moura, fadista portuguesa

“Sempre fui uma grande admiradora do Caetano. Cresci com música brasileira dentro de casa, por influência dos meus pais. Isso fez com que eu tenha descoberto a música do Caetano muito cedo. ‘Janelas Abertas’ é um tema que, embora não seja um dos mais conhecidos dele, é um dos meus preferidos. Já o conheço há muito tempo e acho o poema muito interessante pela sua elevada carga metafórica e que leva a diversas interpretações. E também por ser uma canção que guarda e conquista a opção pela liberdade. O que no fundo é uma matriz de uma boa parte da carreira de Caetano Veloso.”

(Comunicado oficial da cantora sobre o disco A Tribute to Caetano, do qual ela participa)


Tulipa Ruiz

“Ele é tão importante para a minha história, e para a história de tanta gente. Escutei tanto na infância, tanto na adolescência e escuto tanto na vida adulta. E que bom ser contemporânea do Caetano Veloso. Quando fui morar sozinha, ouvia ‘Da Maior Importância’ direto e acabei viciando o prédio inteiro. Eu colocava para tocar e, automaticamente, outros apartamentos começavam a cantar junto. Então acabei viciando todo mundo. E logo depois cantei essa música em um show e acabei viciando minha banda também. A música entrou para o meu repertório e a gente toca até hoje. Foi inevitável.”

(Comunicado oficial da cantora sobre o disco A Tribute to Caetano, do qual ela participa)


Sergio Dias

“Caetano, meu pai, meu mentor, amigo e companheiro desde que me conheço por gente, Felicidades!!! Eu ainda te alcanço...”

(Comunicado oficial do cantor sobre o disco A Tribute to Caetano, do qual ele participa cantando “London, London”)


Miguel Poveda (cantor flamenco)

“Eu sou influenciado por sua voz, sua sensibilidade e compromisso com tudo sobre a música popular. Sou fascinado por sua música e carisma. É admirável como ele conduz a carreira, e acho que é por isso que ele é tão amado e respeitado pelo público, pelos músicos e pelo mundo da música. Escolhi ‘Força Estranha’ por causa do meu pai, porque eu estava passando por um momento muito sensível e a letra era tudo o que eu precisava cantar”.

(Comunicado oficial do cantor sobre o disco A Tribute to Caetano, do qual ele participa)