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Coletivo Individual

5 a Seco se firma como grupo, mas mantém as peculiaridades de cada integrante

Pedro Antunes Publicado em 12/05/2014, às 21h10 - Atualizado às 21h12

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Viáfora, Calderoni, Altério, Bianchini e Brandileone formam o 5 a Seco

 - Divulgação
UNIDADE Viáfora, Calderoni, Altério, Bianchini e Brandileone formam o 5 a Seco - Divulgação

Não, eles não formam uma banda. Ou será que formam? Ao longo da entrevista de quase uma hora no apartamento de Vinicius Calderoni, um dos integrantes do 5 a Seco, vários termos foram usados para tentar definir o projeto que está prestes a se solidificar de vez com o lançamento do primeiro disco de estúdio. “Cinco cancioneiros”, “cinco violonistas” e “coletivo de compositores” estão entre as definições dadas por Calderoni, Léo Bianchini, Pedro Altério e Pedro Viáfora (Tó Brandileone, que não estava presente, complete o quinteto), embora a palavra “banda” surja aqui e ali.

Policromo, o debute em estúdio, previsto para “depois da Copa do Mundo”, como dizem eles, muda o conceito geral do 5 a Seco, criado inicialmente pela necessidade dos cinco amigos de mostrar as músicas que cada um compunha. O registro em CD e DVD Ao Vivo no Auditório Ibirapuera, lançado em 2012, foi um primeiro passo para isso.

No final de 2013, já com um público bastante fiel conquistador à base do boca a boca, veio a vontade de transporter as experimentações do palco para o estúdio. Com auxílio do edital Natura Musical, os cinco passaram 17 dias ao lado do produtor Alê Siqueira, responsável por álbuns de Carlinhos Brown, João Donato, Arnaldo Antunes, José Miguel Wisnik e Marisa Monte, entre outros, em um sítio em Alambari. Na cidadezinha localizada a cerca de 150 km de São Paulo, eles produziram e construíram Policromo, que, segundo eles, traz uma sonoridade uniforme, ainda que bastante individual. “São cinco líderes ou nenhum líder”, filosofa Bianchini. “Não tem um protagonista, não tem hierarquia. Temos um apanhado de composição de todo mundo.”

Há algum tempo, o grupo tomou novos caminhos sonoros, que incluem baixo, guitarra e bateria. Mas o formato de voz e violão, como começaram, ainda está na formação das músicas. “O Brasil é um país de canções, nós somos cinco cancioneiros. Não somos uma banda de fazer um som... A gente nem é uma banda!”, diz Calderoni. Ele tenta se explicar: “Somos um coletivo de compositores-barra-banda cujo principal interesse vem das canções. E isso é sagrado”.