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Conheça Lorde, a adolescente neozelandesa que joga a verdade na cara do pop descartável

Rob Tannenbaum | Tradução: J.M. Trevisan Publicado em 20/11/2013, às 13h07 - Atualizado às 13h11

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Lorde - Paul A. Hebert/Invision/AP
Lorde - Paul A. Hebert/Invision/AP

Como toda garota adolescente de 16 anos, Lorde escuta muita música feita por gente bem mais rica do que ela. Mas ela é a única nessa idade a transformar a frustração em um sucesso estrondoso. “Everybody’s like Cristal, Maybach, diamonds on your timepiece” (“Todos gostam de champanhe Cristal, Maybach, diamantes no relógio”), suspira a cantora nascida na Nova Zelândia no sarcástico single de estreia dela, “Royals” – que passou seis semanas nas paradas. “Tive uma adolescência de merda, chata”, ela diz. “Por isso há uma certa inveja mal disfarçada nessa música.”

Lorde (cujo nome de batismo é Ella Yelich-O’Connor – mas ela gosta do tom aristocrático do nome artístico) é uma garota estudiosa e de língua afiada, que fechou um contrato aos 12 anos, depois que um caça-talentos da gravadora Universal a viu em um vídeo escolar. Agora cursando o ensino médio, ela não tem medo de criticar artistas com quem divide as paradas, como Selena Gomez. “Amo música pop no sentido sonoro”, afirma Lorde. “Mas sou feminista, e o tema da música dela [ “Come & Get It” ] é: ‘Quando você quiser, venha e me pegue’. Estou cansada de ver mulheres sendo retratadas desse jeito.”

A contradição de se tornar uma estrela pop justamente fazendo pouco caso das outras cantoras não é algo que passa despercebido por Lorde. “Eu estava em um [carro da marca] Bentley outro dia, e pensei: ‘Isto é muito errado!’ Mas ainda assim mandei fotos para os meus amigos.” Ela ri. “Quem sabe? Daqui a uns dois anos talvez eu esteja jogada na cama, tomando Cristal direto na veia”.