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Estudando as Batidas

DJs e produtores se reúnem na Espanha para discutir os rumos da música eletrônica

Por Carolina Requena Publicado em 10/02/2010, às 11h42

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Cerveja foi o que os freqüentadores da 10ª edição do Red Bull Music Academy beberam no último dia do encontro de DJs, produtores, técnicos e músicos, realizado ao longo de outubro em Barcelona (Espanha). Em uma ex-fábrica têxtil equipada com estúdios, pick-ups, cabos, instrumentos e computadores de última geração, os participantes e seus tutores, sentados em sofás, balançavam a cabeça ao som das faixas produzidas pelos colegas, durante o laboratório de música eletrônica promovido pela marca de bebidas energéticas austríaca.

Babão, carioca de 28 anos, foi o único DJ brasileiro entre os 64 convidados para a rodada 2008 do evento. No encerramento, mostrou uma faixa com pancadas de funk carioca minimizadas, fazendo a cabeça dos colegas se mexer com mais ânimo do que na média. Para o processo seletivo, ele montou um setlist regionalizado: "Foi uma dica que o pessoal da organização me deu: 'Cara, nêgo tá dando destaque pra esse lance do funk carioca'", ele explicou. Para ir à Espanha, o DJ passou para um amigo o comando da festa Na Beca, em Copacabana, onde toca "sambalanço, funk 70, rap, funk carioca..."

Apegado ao apelido que ganhou por causa do costume de dormir nas aulas, Babão jura que assistiu no evento à palestra do produtor - e também brasileiro - Mario Caldato: "Foi a única em que não dormi". Em sua apresentação, Caldato, que recentemente produziu a estréia em disco de Mallu Magalhães, falou do trabalho com Beastie Boys e Beck (sobre quem os participantes tiveram maior interesse) e citou seus parceiros brasileiros Marcelo D2 e Vanessa Da Mata.

"A marca queria retribuir à cultura em que se disseminou e não sabia como fazer isso", explicou o alemão Many Ameri, produtor de festas contratado pela Red Bull para erguer o projeto, cujos custos não são divulgados. "Não temos de lutar por orçamento", ele despista. "Decidimos o que queremos fazer, e fazemos."