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Fábrica de Heróis

Livro em homenagem aos 75 anos da Marvel mostra como a editora se transformou em um império da mídia

Paulo Cavalcanti Publicado em 13/03/2015, às 18h20 - Atualizado em 14/03/2015, às 17h21

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O livro <i>75 Years of Marvel Comics: From the Golden Age to the Silver Screen</i> - Divulgação
O livro <i>75 Years of Marvel Comics: From the Golden Age to the Silver Screen</i> - Divulgação

Atualmente, a Marvel Entertainment é uma potência multimídia cuja associação com os estúdios Disney, iniciada em 2009, tem gerado alguns dos filmes mais rentáveis dos últimos anos. No entanto, mesmo com o triunfo de franquias cinematográficas, como as estreladas por Capitão América, Thor, Homem de Ferro e Os Vingadores, é difícil esquecer as origens da empresa: a Marvel ainda é líder no setor dos quadrinhos, tomando conta de 33% do mercado global.

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A rica e intrincada saga da companhia é contada de forma definitiva no livro 75 Years of Marvel Comics: From the Golden Age to the Silver Screen (75 Anos da Marvel Comics: dos Anos Dourados à Tela Grande, em livre tradução), da editora Taschen, previsto para chegar ao Brasil via importação em fevereiro), escrito por Roy Thomas e editado por Josh Baker (veja algumas imagens acima). Thomas foi editor da Marvel entre 1965 e 1980 e é um estudioso da história da empresa. Ele conhece como poucos a dinâmica que move o império das HQs e narra com propriedade como foram os 75 primeiros anos do grupo.

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O embrião da Marvel começou a ser formado em 1939, a comando do empresário Martin Goodman, que comercializava algumas das chamadas revistas “pulp”, publicações de baixo custo e apelo popularesco. Foi em 1939 que Goodman criou a Timely Publications, editora responsável por publicar a HQ Marvel Comics #1. Nos anos 1940, a Timely lançou super-heróis emblemáticos como Namor (o primeiro deles), Capitão América e TochaHumana. Na década seguinte, porém, acabou se transformando na Atlas Comics, que se afastou do universo dos heróis para focar em revistas sobre ficção científica, horror, western, romance e até histórias sobre a Bíblia. Passaram- se duas décadas antes do renascimento da Marvel Comics, em 1961, quando este foi adotado como nome oficial da empresa fundada por Goodman.

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Começou, então, uma era de auge quase ininterrupto, ao menos do ponto de vista criativo: pela mente inspirada dos quadrinistas e escritores da Marvel nasceram personagens venerados como Incrível Hulk, Homem-Aranha, Thor e Surfista Prateado, entre incontáveis outros. Grande parte da virada se deveu ao editor Stan Lee, um homem inquieto que ajudou a criar alguns dos mais conhecidos personagens da cultura pop.

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Os heróis da Marvel, apesar de imensamente poderosos, nunca estiveram acima do bem e do mal – sempre se mostraram falhos e com conflitos. O aspecto psicológico jamais foi deixado de lado, e talvez seja esse um dos motivos pelos quais as histórias e narrativas engendradas pela equipe da Marvel tenham influenciado de forma incontestável os mais diversos formatos de mídia. Isso também só foi possível graças ao time de profissionais formado na editora – Stan Lee pode ser até hoje a face mais carismática do conglomerado, mas sempre trabalhou ao lado de inimitáveis desenhistas e roteiristas. Além de Lee, Jack Kirby, Steve Ditko, John Romita, John Buscema e Carl Burgos são alguns dos nomes que ajudaram a fazer da Marvel o que ela é hoje: não apenas um negócio bilionário mas uma das mais fascinantes empresas em atividade voltadas para o entretenimento e para a cultura pop.

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