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Gramofone desejado

Gilberto Gil, Eliane Elias e Catina DeLuna concorrerão ao Grammy

Lucas Borges Publicado em 14/02/2016, às 14h44 - Atualizado às 14h52

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Catina agora quer tocar para os brasileiros - Joey Viles/divulgação
Catina agora quer tocar para os brasileiros - Joey Viles/divulgação

O Brasil terá três artistas concorrendo a gramofones na 58ª edição internacional do Grammy, que será realizada em 15 de fevereiro. Um deles é extremamente popular – Gilberto Gil, duas vezes vencedor do prêmio (e cinco vezes vencedor do Grammy Latino). Desta vez, ele entra na disputa com Gilbertos Samba ao Vivo, na categoria Melhor Álbum de World Music. As outras duas representantes beiram o anonimato por aqui. A pianista, cantora e compositora Eliane Elias fez carreira no jazz, tem a agenda cheia de shows dos Estados Unidos (onde mora desde 1981) ao Japão e chegou agora à sétima indicação ao troféu máximo da música. Ela concorre ao título de Melhor Álbum de Jazz Latino com Made in Brazil – o primeiro disco da carreira gravado em seu país natal.

Já a cantora Catina DeLuna (foto), formada em música na Unicamp, se mudou para Los Angeles há sete anos e conseguiu a louvável indicação ao Grammy (Melhor Arranjo, Instrumentos e Vocais pela faixa “Garota de Ipanema”, do álbum independente Lado B Brazilian Project) sem apoio de uma gravadora. “Pegou de surpresa, claro”, diz ela, que gravou a canção ao lado do venezuelano Otmaro Ruiz. “Fazia alguns shows no Brasil, tinha alguns grupos, lancei CD e depois fui para os Estados Unidos terminar os estudos. Parti do começo mesmo. Quando fui a Los Angeles depois do mestrado, passei a dar aula e voltei à carreira de performance”, conta Catina. Ela sonha em tocar seu disco, uma compilação de clássicos brasileiros em novas roupagens, para seus conterrâneos. Há mais tempo na lida, Eliane é descrente com o reconhecimento do público nacional. A pupila de Vinicius de Moraes (saiu em turnê com o “Poetinha” pela primeira vez aos 17 anos) lamenta: “Fiquei mais de 200 dias na estrada rodando os cinco continentes em 2015 e o Brasil não existe no meu calendário. Não é frustrante, mas é um pouco surpreendente. Gostaria que os brasileiros me ouvissem mais”.