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Liberando a Melodia

Conhecido pelo trabalho como rapper, Luccas Carlos agora desponta ao abraçar o R&B

Lucas Brêda Publicado em 10/06/2017, às 17h38 - Atualizado às 17h41

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<b>Fora da Caixa</b><br>
Luccas Carlos fica em uma intersecção sonora - Divulgação
<b>Fora da Caixa</b><br> Luccas Carlos fica em uma intersecção sonora - Divulgação

Para começo de conversa, Luccas Carlos pretende deixar algo claro: “Na real, não quero fazer apenas rap. Não quero que meu trabalho seja entendido exatamente como tal”. Inevitavelmente, um assunto imediato em uma conversa com o artista carioca é o uso melódico da voz sobre bases típicas do hip-hop. “Sabe o que eu sinto quando fico olhando a internet? Que [meu som] não é uma parada exclusiva para quem ouve rap. Você ter um cara que se veste como rapper, usa batidas de rap, mas faz melodia – e não rima – não é uma coisa totalmente absorvida na cabeça das pessoas.”

Com Um, EP lançado pela Universal no fim de março, Luccas Carlos registrou sonoridade pop e vocais sintéticos para além do hip-hop. “Essas músicas começaram em 2013”, conta, lembrando da primeira mixtape, Terapia, em que ele rima e soa de fato como um rapper, antes de passar por uma espécie de reinvenção musical nos quatro anos que se passaram entre os dois trabalhos. “Eu fazia as rimas e tal, mas notava que a galera pirava mesmo no refrão. Pensei: ‘E se eu pegar essa coisa do refrão e tentar fazer a música inteira?’” Na faixa “Onde Você Tava?”, de Um, ele canta, com a voz carregada de Auto-Tune: “Quando meu som não prestava, você não me ouvia em casa e muito menos pensava em me amar”.

Especialmente a partir de 2016, Carlos passou a ser nome ascendente no novo hip-hop nacional, colecionando visualizações em singles como “Lady” (com participação de BK’, companheiro no selo Pirâmide Perdida) e até dividindo uma faixa com o veterano Marechal. Já as colaborações com o Costa Gold, além de tornarem o nome do carioca mais conhecido, também trouxeram uma disputa nebulosa recente. As faixas assinadas com o grupo foram retiradas da internet e um vídeo no qual Nog, do Costa Gold, acerta um soco em Carlos viralizou. “Cara, fui orientado a não falar desse assunto”, revela, aumentando os boatos de que há uma batalha judicial por direitos autorais. “Mas 10 mil vídeos [do soco] no YouTube? É muito chato. Sou muito de boa, tranquilo. Briga nunca foi o foco para mim, mas sabe qual é a parada? Estamos num meio com muita criança.”

Mesmo que não seja exatamente um rimador , Carlos representa a intersecção entre o hip-hop e o R&B, seara ocupada no exterior por nomes como The Weeknd, Frank Ocean e Drake. “Não me vejo limitado a nada”, decreta ele, que já começou a trabalhar em novos sons com o Tropkillaz, entre outros nomes. “Realmente não quero me sentir numa caixa. Se, sei lá, o Lenine me chamar amanhã, quero ir e gravar. Se o Djavan me chamar, também.”

Quando começou 2010

Para quem gosta de The Weeknd, Drake, Chris Brown

Ouça “Lady”, “O Que Quiser Fazer”, “Neblina”