Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

O Novo Groove do Black Keys

Por dentro do psicodélico disco Turn Blue, produzido por Danger Mouse

Patrick Doyle | Tradução: Ligia Fonseca Publicado em 12/05/2014, às 20h50 - Atualizado às 20h54

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Voltando
Patrick Carney e Dan Auerbach no estúdio, em Michigan

 - Divulgação
Voltando Patrick Carney e Dan Auerbach no estúdio, em Michigan - Divulgação

Depois de dois álbuns de sucesso em dois anos e uma série de turnês enormes – incluindo uma passagem pelo Brasil em 2013 –, o Black Keys não sabia ao certo o que fazer em seguida. Após várias sessões de gravação interrompidas, a dupla finalmente obteve uma resposta nos estúdios Sunset Sound, em Los Angeles, no ano passado, quando gravou “Weight of Love” – uma música com levada de teclados sobre separação, com o vocalista Dan Auerbach fazendo solos de guitarra violentos e cortantes. A faixa épica fez os dois abandonarem a ideia de compor singles. “Depois disso, foi: ‘Podemos fazer o que quisermos – tudo bem’”, afirma Auerbach.

O Keys gravou o recém-lançado disco Turn Blue em Los Angeles, Michigan e no estúdio de Auerbach, em Nashville, junto ao coprodutor Brian “Danger Mouse” Burton, que trabalhou pela primeira vez com a dupla em Attack & Release (2008). Enquanto o último disco do Black Keys, El Camino (2011), era polido e cheio de ganchos, Turn Blue tem um verniz psicodélico. “Fever” é feita para as pistas de dança e na faixa-título Auerbach canta em falsete tendo como base sintetizadores e acordes límpidos de jazz. “Estávamos meio que fazendo um álbum para fones de ouvido”, diz Auerbach. O baterista Patrick Carney acrescenta: “Vale a pena ouvir mais de uma vez”.

A última faixa se destaca como a mais imediatamente grudenta: “Gotta Get Away”, uma doideira ao estilo Creedence Clearwater Revival sobre viajar pelo país para fugir de um relacionamento tumultuado. Os dois a compuseram em dez minutos. “Ela me deixou um pouco desconfortável, porque soava tão clássica, mas não dava para negar”, afirma Auerbach. “A esta altura não há nenhuma regra.”