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O Reinado de Game of Thrones - a série estampa a capa da edição 131 da Rolling Stone Brasil

Emilia Clarke (Daenerys) fala sobre sua trajetória pessoal com o programa de sucesso da HBO e analisamos as primeiras temporadas e os mistérios deste sétimo ano, que estreia no domingo, 16

Redação Publicado em 14/07/2017, às 17h25 - Atualizado às 18h04

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<i>Game of Thrones</i> é a capa da <i>Rolling Stone</i> 131
<i>Game of Thrones</i> é a capa da <i>Rolling Stone</i> 131

Só se fala em Game of Thrones, esta semana, e não é à toa. Os novos episódios nunca estiveram tão perto de nós e as teorias sobre como a história continuará estão a todo vapor. Leia abaixo um trecho da matéria que estampa a edição 131 da Rolling Stone Brasil, composta de uma entrevista exclusiva com a Mãe dos Dragões, Emilia Clarke, uma lista dos momentos mais chocantes das seis primeiras temporadas e segredos que devem ser desvendados ao longo da sétima. A série retorna neste domingo, 16, na HBO Brasil, e a mais nova RS Brasil chega às bancas a partir de terça, 18.

O Reinado de Game of Thrones

A série baseada nos livros de George R.R. Martin é o programa mais sangrento, sexy e ambicioso da história da televisão

Por Rob Sheffield

“Sou bom [em lidar] com pessoas más”, Tyrion Lannister uma vez se gabou, e não estava brincando. Nos últimos seis anos, Game of Thrones nos apresentou mais pessoas irascivelmente más do que qualquer drama na TV – assassinos, mentirosos, tiranos e ladrões. Trouxe Westeros à vida como um mundo de fantasia no qual a consciência é um luxo ao qual ninguém pode se dar – nem mesmo reis. O estrondoso sucesso épico da HBO chega à sétima temporada, com a oitava e última leva de episódios já no horizonte. Isso significa que teremos apenas mais 13 episódios para passar em Westeros em 2018, com todos os aleijados, bastardos e coisas disformes dessa história. Game of Thrones é o inverno que nunca para de chegar, a porta que não para aberta, o drama selvagem que explodiu permanentemente os limites das regras do que as pessoas achavam ser possível alcançar na TV. Nenhum seriado foi tão brilhante na maldade. Nunca mais veremos nada como ele.

Quando George R.R. Martin começou a escrever sua saga de fantasia As Crônicas de Gelo e Fogo, já estava esquematizando para fazer com que fosse impraticável alguém tentar uma versão para o cinema. Queria que seus romances criassem um mundo complexo demais, sangrento demais, extravagante demais, simplesmente grande demais para ser capturado na tela. Felizmente não conseguiu. Game of Thrones continua fazendo e refazendo história na televisão ao traduzir a visão de Martin – tudo o que os produtores tinham de fazer era ignorar toda fórmula sobre como a TV tinha de funcionar. Os produtores executivos David Benioff e D.B. Weiss até foram além dos romances a esta altura, levando a história para um território não navegado, onde nem fãs ardorosos dos livros sabem que final está chegando. Antigamente, esse tipo de porte e escala era tentado apenas por minisséries blockbuster como The Winds of War (1983), feitas para durar poucas noites, mas Game of Thrones sustenta esse ritmo há mais de 60 horas.

A série foi para a HBO com a premissa “Sopranos na Terra Média”, mas foi muito além desse conceito e do público de fantasia hardcore. Mais do que qualquer outra série, é The Wire que parece sempre estar pairando sobre Game of Thrones, do personagem Littlefinger ao momento em que Cão de Caça diz a Arya que “um homem precisa ter um código” (o personagem Omar, de The Wire, e o Cão teriam muito a dizer um para o outro sobre o assunto – e talvez também sobre os perigos de chegar perto demais de crianças armadas).

Como The Wire e outros dramas clássicos, Game of Thrones tem como base o despedaçamento emocional que se esconde por trás da ação. Cada personagem tem uma história insuportável de dor e sofrimento que carrega sob a armadura. Todos estão de olho no Trono de Ferro, embora ele tenha a própria história de arruinar e destroçar qualquer um que ouse se sentar nele. Espreitando em volta do coração negro de Game of Thrones estão os disfuncionais membros da família Lannister.

Game of Thrones sempre manteve vários círculos narrativos no ar, mas por vezes perdeu a mão – especialmente na quinta temporada, quando começou a afundar na autoparódia. Como George Lucas cinicamente disse nos anos 1970, “envolver o público emocionalmente é fácil. Qualquer um pode fazer isso de olhos vendados: pegue um gatinho e faça alguém quebrar o pescoço dele”. GoT chegou perto de fazer exatamente isso, muitas vezes substituindo os gatinhos por crianças ou grávidas. Foi um choque ver um personagem importante, no primeiríssimo episódio, empurrar uma criança janela abaixo de um castelo, mas mais tarde essa acabou se tornando uma rotina cansativa. Na quinta temporada, quando Stannis Baratheon dava um abraço afetuoso na filha, você imediatamente percebia que era uma trama barata para fazer adivinhar quantos episódios ela teria para viver antes que ele a matasse (foram cinco).

Alguns tropeços narrativos foram lapsos perdoáveis, como o amaldiçoado interlúdio de Dorne com as irmãs Serpentes de Areia. Mas onde Game of Thrones realmente se encrenca é quando recai no princípio de “em caso de dúvida, pegue o corpo de uma personagem qualquer para usar como alvo de dardos”. Benioff e Weiss insistiram em abusar sexualmente de personagens que não são atacadas nos romances – o maior exemplo é a cena em que Jaime Lannister ataca a irmã, Cersei, ao lado do cadáver do filho dos dois. No livro, é sexo consensual; a versão da TV transformou isso em um estupro que nenhum dos personagens voltaria a mencionar. Foi um sinal agourento de desprezo pela inteligência dos espectadores.

O seriado se recuperou na temporada passada ao sabiamente pegar mais leve no tratamento de choque e recorrer a horrores mais complexos. Foi uma das melhores temporadas – da espetacular Batalha dos Bastardos a momentos agonizantemente íntimos, como a história de Hodor.

Game of Thrones pode misturar momentos grandiosos e banais como nenhuma outra coisa na TV. Um brinde à próxima e última fase desse épico inimaginável e impossível. O inverno chegou.

De Olho no Trono: Segredos da Sétima Temporada

A sexta temporada terminou com estrondo e fogo suficientes para mandar inúmeros personagens problemáticos pelos ares. A impiedosa Cersei sentou no Trono de Ferro, Daenerys navegou com Tyrion, Jon Snow dominou no Norte e Arya provou que a vingança é um prato que se come frio, mas para onde vai GoT? A seguir, as principais perguntas que precisam de respostas na sétima temporada.

1. Quando o reinado de terror de Cersei terminará?

Sentar no Trono de Ferro é como tocar teclado para o Grateful Dead – a expectativa de vida tende a cair drasticamente. Cersei finalmente ascendeu ao trono, mas teve de se transformar na Rainha Louca para tal. Por quanto tempo poderá contar com a lealdade sedenta de sangue de seu irmão-amante, Jaime, especialmente desde que seu golpe custou a vida do último filho que lhe restava? Afinal, o Matador de Reis recebeu esse nome ao eliminar o Rei Louco para evitar o mesmíssimo massacre selvagem que Cersei acabou de adicionar ao currículo. Quanto da nefasta profecia dela na infância se concretizará?

2. O que Bran Stark fez?

Na última temporada, ficamos sabendo que os dons de Bran Stark podem causar sérios danos – na triste história de Hodor, vimos o momento em que a viagem no tempo de Bran despedaçou o cérebro do gigante. Então, isso leva à grande pergunta: o que mais em toda essa narrativa é resultado das viagens psíquicas dele? Que outro tipo de efeito borboleta ele causa quando volta no tempo?

3. Quando Daenerys chegará a Westeros?

No auge da sexta temporada, Khaleesi ousou ir para o lugar que os Dothraki sempre temeram – a água. Agora, a Mãe dos Dragões está velejando para casa para clamar o Trono de Ferro, mas será que ela encontrará problemas, especialmente com os Greyjoys à espreita nos mares? Conseguirá manter seu novo time de rivais – Tyrion Lannister, Olenna Tyrell, Elaria Sand – unido? Ela se apressará para chegar a King’s Landing para a grande batalha de loiras com Cersei? Ou descansará em seu lar ancestral de Dragonstone? E quem cavalgará seus outros dois dragões?

4. O Muro ficará de pé?

Esta é uma crônica de gelo e fogo e, embora Daenerys traga o fogo, não podemos nos esquecer dos White Walkers se levantando do outro lado do Muro. A vitória de Jon Snow no Norte o deixará suficientemente forte para enfrentar o Rei da Noite e seus malvados zumbis? As manipulações de Littlefinger amaldiçoaram a aliança de Sansa com o irmão bastardo, especialmente se ela conseguir algumas respostas sobre a misteriosa família dele? E um personagem crucial, ressuscitado nos livros, mas até agora ignorado na série, finalmente aparecerá?

5. Quem é o próximo na lista de mortes de Arya?

Parabéns, Arya – Walder Frey foi uma bela jogada e servir a sobremesa primeiro foi um toque cheio de estilo, mas ainda há muitos nomes na lista de quem deve morrer dessa valentona. Não importa quantos problemas seus irmãos sobreviventes enfrentam no Norte, não seria típico ela ir correndo para lá sem transformar a viagem em uma jornada de assassinatos. Então, quem será o próximo a enfrentar sua fúria? Melisandre? Jaime? O Cão? Ou ela colocará a nova rainha Cersei à frente na fila?

A Voz da Rainha dos Dragões - Como Game of Thrones transformou Emilia Clarke em uma guerreira da vida real

Por Alex Morris

Em uma recente tarde de segunda-feira, a rainha toma chá. “Dá para ser mais inglesa do que pedir um Earl Grey?”, pergunta Emilia Clarke, afundada em um sofá de couro no hotel em que está hospedada, no centro de Manhattan. O jovem garçom é solícito demais, mas não dá para ter certeza de que saiba que está diante de Khaleesi, Mãe dos Dragões e rainha por direito dos Sete Reinos. Tendo dito isso, depois de seis temporadas de Game of Thrones – um fenômeno cultural da HBO transmitido em nada menos do que 170 países, que inspirou inúmeras tatuagens e nomes de bebês e provou ser o programa mais popular da história do canal, com a sétima temporada estreando em 16 de julho –, bem... é mais provável que ele saiba. Emilia sorri e senta sobre os pés. “Sou péssima em ser reconhecida”, confessa. “As pessoas falam ‘ah, oi!’ e eu fico ‘Ai, Deus! Ah, oi! Desculpa!’”

Quando a conheci, em 2013, a atriz tinha 26 anos, ainda era relativamente desconhecida quando não usava a característica peruca loira da série e provavelmente não se compararia à rainha guerreira que interpreta. Além disso, parecia levemente espantada com o fato de que tinha conseguido o papel, que era apenas seu terceiro. “Sou excessivamente ciente da rapidez com que isso pode desaparecer”, ela me disse quando nos encontramos em um camarim da Broadway, onde ensaiava para fazer Holly Golightly em Bonequinha de Luxo.

Quatro anos depois, ela mantém suas características – humor ríspido e uma imensa boa vontade, por exemplo –, mas está claro que estamos em outra dimensão. Mesmo de coque bagunçado e jeans velho, passa agora a imagem de uma espécie de farol: elegante, quase cintilante, de um jeito que faz com que seja inevitável que chame atenção de todos em volta. Em outras palavras, tem uma maneira de dominar o ambiente que pode ser descrita como Khaleesiesca. Afinal, passou boa parte da vida adulta incorporando uma das imagens mais impressionantes de dominação feminina da cultura pop atual, enquanto explica eloquentemente sua nudez em cena em termos amplamente feministas. Completou 30 anos (sobre isso, afirma: “Entrei silenciosamente em pânico”), apareceu em diversos filmes e, como todos nós, viveu o Brexit e a ascensão de Donald Trump, ou, como diz, “2016, a porra de ano em que todas as merdas aconteceram”. Então, os tempos mudaram – para melhor e para pior.

“Não dá para esperar que todos parem de trabalhar e marchem todos os dias de sua vida, só que temos de estar nesta merda no longo prazo”, fala sobre o clima político volátil. Para ela, estar “nesta merda” significa não aceitar muito do que acontece ao seu redor. Um exemplo é a opinião dela sobre ser uma das poucas mulheres em qualquer set de filmagem. Ou sobre o fato de que atrizes têm menos falas do que atores, mesmo quando fazem a personagem “principal”. Ou de que atrizes devem chegar para cabelo e maquiagem horas antes da maioria dos atores. “Eu me sinto tão ingênua por dizer isso, mas é como lidar com racismo”, diz. “Você é ciente disso, mas um dia pensa ‘ai, meu Deus, está por toda parte!’ Como se acordasse de repente e se desse conta: ‘Espera um pouco... você está me tratando diferente porque tenho seios? Isso está mesmo acontecendo?’ Demorei muito para ver que sou tratada de modo diferente, mas olho em volta e essa é minha vida cotidiana.”

Ela reconhece, claro, que esta é uma postura complicada de adotar como uma mulher que sem dúvida se beneficiou tremendamente, de, bom, seus seios. Foi nomeada a Mulher Mais Sexy pela revista Esquire em 2015 (“Minha mãe os subornou”) e seu papel em Game of Thrones é pontuado por cenas importantes em que ela aparece nua. “Isso não me impede de ser feminista”, argumenta. “Adivinha só? Sim, uso máscara nos cílios e também tenho QI alto, então essas duas coisas podem andar juntas.” Só que a complexidade de ganhar crédito pelo empoderamento feminino por meio desses canais explica por que ela também fica feliz com a evolução de sua personagem, uma mulher que se ergueu das cinzas e agora parece prestes a ganhar a guerra dos tronos. Ao longo da história, Emilia me lembra, “as mulheres foram grandes regentes. E ser conhecida por fazer uma personagem assim? É sorte pra caralho. Qualquer pessoa que talvez pense que isso não é necessário só precisa olhar para o ambiente político em que todos vivemos para perceber: ‘Ah, não, é necessário, sim. É necessário’”

TV Chocante: os Dez Melhores Momentos

Sexo, sangue, imundície, incesto, corpos empilhados como uma fogueira – e esta é só a primeira hora. Game of Thrones está repleta de surpresas de cortar o coração desde as cenas de abertura, quando um menininho vê o pai decapitar um homem. Alguns dos maiores momentos acontecem em segredo por trás de portas fechadas; outros se espalham por entre os reinos. Aqui estão as melhores sequências da saga, as demonstrações de amor e ódio que calam mais fundo – e perduram por mais tempo – na história de Westeros.

1. Casamento Vermelho

“The Rains of Castamere”

Temporada 3, Episódio 9

Um momento de calma ao final de um banquete de casamento – até que Catelyn Stark ouve a banda tocar a canção de luta dos Lannisters, “The Rains of Castamere”. Então, percebe que o convidado ao seu lado está usando uma cota de malha. Ela se dá conta de que algo terrível está prestes a acontecer, mas nem Catelyn nem nós temos qualquer pista do quanto será horrível. A família Stark cai derrotada em dez agonizantes minutos – exceto Arya, levada pelo Cão de Caça enquanto ele murmura “é tarde demais”. O Casamento Vermelho é a maior traição de Walder Frey – e a maior reviravolta em Game of Thrones.

2. A Despedida de Ned Stark

“Baelor”

Temporada 1, Episódio 9

Este é o momento que avisou que Game of Thrones estava reescrevendo as regras de narrativa para a TV. Até os últimos segundos desta cena, mesmo enquanto Ned Stark se ajoelha no bloco de decapitação do executor, parece impensável que a lâmina realmente descerá – ele é o personagem central, e Sean Bean, o ator que o interpreta, é o maior astro do elenco. Só que, mais do que isso, Ned é o único herói da história, o último homem correto em Westeros. Isso não pode acontecer. Até que acontece. Mesmo no fim, com uma palavra críptica – “Baelor!” –, Ned Stark faz um gesto altruísta para manter a filha Arya viva.

3. Daenerys Solta os Dragões

“And Now His Watch Has Ended”

Temporada 3, Episódio 4

A Mãe dos Dragões ganha seu nome em uma vitória espetacularmente magnificente. Depois de comprar suas tropas Imaculadas do mestre dos escravos de Astapor, ele rosna: “A vadia tem seu exército”. Mas então Daenerys diz uma frase fatídica em valiriano: “Um dragão não é um escravo”. O rosto dele é horror puro enquanto percebe: “Você fala valiriano?” O tradutor dela, Missandei, dá a revirada de olhos mais malvada da história da TV. O dragão cospe fogo sob comando. Daenerys agora é uma rainha, e este é o exército dela.

4. O Julgamento de Tyrion

“The Laws of Gods and Men”

Temporada 4, Episódio 6

Uma vida de amargura explode enquanto Tyrion é julgado por assassinato, acusado de envenenar o odioso rei juvenil Joffrey no Casamento Roxo. É uma atuação inesquecível de Peter Dinklage. Ele finalmente solta a raiva contra o pai tirano, os irmãos problemáticos e o império corrupto da família que passou a vida defendendo, enquanto vocifera: “Queria ter veneno suficiente para todos vocês!”

5. A Batalha de Blackwater

“Blackwater”

Temporada 2, Episódio 9

A batalha épica pelo Trono de Ferro, com Stannis Baratheon enfrentando Tywin Lannister. Como sempre, Tyrion fecha a cena, quando está fazendo aos soldados de King’s Landing um discurso de incentivo pré-batalha digno de Henrique V: “Aqueles são homens valentes batendo à nossa porta. Vamos matá-los”.

6. O Duelo Final da Víbora Vermelha

“The Mountain and the Viper”

Temporada 4, Episódio 8

O príncipe canalha e bonitão Oberyn Martell é a resposta de Westeros a Kanye West – ele tem uma vida boa, ama as mulheres, mas nem sempre percebe quando é hora de calar a boca e simplesmente fazer as coisas. A Víbora Vermelha enfrenta o monstruoso Montanha em um duelo de gladiadores para vingar o estupro e assassinato da irmã pela odiada dinastia Lannister. Por alguns minutos, sua vitória parece certa, só que – isto é Game of Thrones, lembra? – tudo dá completamente errado.

7. A Batalha dos Bastardos

“The Battle of the Bastards”

Temporada 6, Episódio 9

Este enfrentamento entre Jon Snow e Ramsay Bolton é o mais extenso das muitas longas cenas de guerra de Westeros. Ele termina com um momento de justiça canina enquanto Jon deixa a sofrida irmã Sansa dar o golpe de misericórdia: ela joga Lorde Bolton aos próprios cães, que não comiam fazia uma semana. Hora da refeição para os bichinhos, cheque-mate para a Casa Bolton.

8. Viserys Recebe a Coroa

“A Golden Crown”

Temporada 1, Episódio 6

Esta foi a primeira vez em que Game of Thrones matou um personagem importante, que, por todas as regras da lógica da TV, deveria ter sido intocável, mas haveria ainda muito mais mortes como essa pela frente. O farsante Viserys Targaryen foi um vilão brilhantemente desprezível enquanto durou, casando a irmã caçula, Daenerys, com o guerreiro Dothraki Khal Drogo. Iludido, Viserys ainda acredita ser o Senhor dos Sete Reinos, mas, quando o bonitão tenta dar uma de valente e insulta os Dothraki, Drogo dá a coroa que ele exige – derramando ouro derretido sobre sua cabeça. Daenerys dá ao irmão o mais duro dos epitáfios fraternais. “Ele não era um dragão. Fogo não pode matar um dragão.”

9. Hodor Segura a Porta

“The Door”

Temporada 6, Episódio 5

Finalmente descobrimos o que aconteceu com o gigante gentil Hodor – e é uma história mais triste do que qualquer um poderia ter imaginado. O amado cavalariço com problemas mentais recebeu seu nome em um desastre acidental causado pela mente de Bran Stark, capaz de viajar no tempo – Hodor valentemente segura a porta contra uma turba agressiva de criaturas, mas isso o deixa incapaz de dizer qualquer coisa além de uma versão entrecortada de “Segura a porta”.

10. Arya Anda com o Cão de Caça

“Two Swords”

Temporada 4, Episódio 1

Muitas amizades estranhas se formaram em Game of Thrones, mas uma das mais comoventes é o laço entre o impiedoso mercenário Sandor “Cão de Caça” Clegane e a futura criança assassina que ele leva por toda parte, Arya Stark. Ele quase acidentalmente a ensina a bela arte do assassinato. Eles lutam juntos pela primeira vez quando uma briga de taberna se transforma em um massacre completo. Tudo o que o Cão queria era almoçar mas, para Arya, é o momento em que ela recupera sua espada de infância, Agulha, e se estabelece como uma máquina de matar. Até o Cão fica impressionado.