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P&R - Will Smith

Em passagem pelo Brasil, ator fala sobre novo Homens de Preto, extraterrestres e Obama

Stella Rodrigues Publicado em 11/05/2012, às 17h40 - Atualizado em 25/05/2012, às 12h15

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<b>ALGO LÁ FORA?</b> “Seria arrogante de nossa parte acreditar que somos os únicos” - BRIAN LOWE/ZUMAPRESS.COM
<b>ALGO LÁ FORA?</b> “Seria arrogante de nossa parte acreditar que somos os únicos” - BRIAN LOWE/ZUMAPRESS.COM

Estreia em 25 de Maio no Brasil o terceiro capítulo da franquia MIB – Homens de Preto. Novamente, o diretor Barry Sonnenfeld está por trás do filme, que promete colocar a cinessérie de volta nos trilhos, depois do desastre da segunda produção – admitido pelo astro Will Smith. Em visita ao Brasil para falar sobre o longa, o ator, que começou a carreira como músico e fez sua marca no cinema com a comédia, fala sobre indústria, carreira, alienígenas e a vontade de interpretar Nelson Mandela e Barack Obama.

Você chegou a ter alguma dúvida sobre fazer Homens de Preto 3?

Como a gente fez besteira com o segundo [risos]... Provavelmente essa é a razão de termos demorado tanto para fazer o terceiro. Não tem nada pior artisticamente do que estragar algo ótimo. O primeiro filme era um clássico. E se dar mal no segundo é doloroso. Todo mundo começou a responder à ideia, que é como você quer fazer um filme. Se quiser fazer um filme, tenha uma ideia que não seja “será que não seria um sucesso financeiro fazer uma continuação?” Esse é sempre o beijo da morte. Este novo começou com a ideia de matar o personagem de Tommy Lee Jones e todo mundo gostou. É um filme bem mais maduro e tem uma estrutura emocional poderosa na história. Nos três minutos finais tem uma surpresa sobre os personagens que dá uma nova luz aos três filmes.

O que faz você escolher um determinado papel?

Uma parte grande disso é escolher minha vida. Onde quero estar, em que cidades quero trabalhar. No caso de Homens de Preto 3, a ideia veio e era um conceito fantástico de pular no tempo para salvar meu parceiro, que foi morto no passado. E aí adicionar alienígenas e Josh Brolin interpretando um jovem Tommy Lee Jones, todos os elementos eram muito empolgantes e criativos. E fazia uns quatro anos que eu não trabalhava como ator, então queria garantir que minha volta seria com muita energia e a nostalgia era importante para lembrar as pessoas de quem é Big Willy.

Resenha: MIB³ - Homens de Preto 3 e o drama das trilogias

Você acredita em vida inteligente fora da Terra?

Seria arrogante da nossa parte acreditar que somos os únicos, especialmente já que não somos tão inteligentes assim. Certamente há algo mais inteligente do que a gente no universo!

Quais os motivos da pausa longa que fez como ator?***

Estava trabalhando em Karate Kid [como produtor], na música da minha filha e o programa de TV da minha esposa. Então, tinha expertise que tinha que acrescentar na vida criativa da minha família e não dava para fazer isso enquanto estivesse trabalhando. Tirei esse tempo para estabelecer minha família e deixá-los capazes de criar a vida deles como querem. Os filmes do papai meio que dominam a família um pouco.

Você gostou do trabalho em Karate Kid?***

Estávamos na China. Com Jackie Chan! Se você vai passar um tempo com ele, o melhor lugar é a China. Ele é incrível, quando ele diz algo, as pessoas vão atrás e isso acontece. E ele ensinou artes marciais para o meu filho!

Cada vez temos mais eventos de cinema no Rio de Janeiro. O Brasil está se tornando um lugar de marketing importante para Hollywood?

O Brasil e a Rússia são os dois mercados que estão crescendo mais rápido, atualmente. O Brasil chegará a ser o quinto maior mercado do mundo em mais ou menos um ano. Então, é realmente enorme do ponto de vista de sucesso internacional de um filme. Para mim, é só uma chance de aproveitar qualquer desculpa possível para estar aqui.

Você acompanha de perto essa parte de indústria?

Eu comecei na música e parte de fazer sucesso na música sempre esteve em acompanhar o mercado internacional. Sempre prestávamos atenção em qual disco fazia sucesso em qual país. Fico muito ligado nesse tipo de estatística. E amo viajar. Quando estava crescendo, sabia que qualquer que fosse meu trabalho, seria pelo mundo todo. E acabei caindo no entretenimento e foi perfeito. Para mim, essa é a parte divertida de fazer cinema. A parte de rodar o filme é bem menos interessante [risos].

Se tivesse de mudar algo na sua carreira, faria algo diferente? Como, por exemplo, aceitar o papel em Matrix (que acabou com Keanu Reeves) ou fazer mais ficção?

Eu acho que o único filme que me deixa acordado à noite é Star Wars. Foi o primeiro que explodiu minha imaginação com a ideia de fazer filmes. O sentimento que tive no cinema aquele dia é o que tento criar nos meus longas – e sinto que ainda não cheguei lá.

Tem algum papel que você está esperando chegar a hora certa de interpretar?

Nelson Mandela. Acho que é o único. Eu acho que estou bem na idade para fazer as coisas com ele mais novo. A história da África do Sul e do Apartheid já foi mencionada, mas não foi mostrada ao mundo da forma como tenho em mente. É uma perfeita história humana.

Você está animado para a possível reeleição de Barack Obama este ano?

Eu fui um grande apoiador de Barack como homem e presidente. De tudo o que ele fez fora da política, para o mundo, quebrar a ideia de que ter um negro como presidente seria impossível. Se fizéssemos um filme com um negro vencendo a eleição presidencial norte-americana, seria o pior! “Ah, mais porcaria hollywoodiana, com o negro ganhando a eleição!”

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