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Quem merece entrar para o Hall da Fama do Rock?

Redação Publicado em 25/04/2013, às 17h07 - Atualizado às 17h26

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Nirvana - AP
Nirvana - AP

Nirvana

Artistas podem ser escolhidos para o Hall da Fama do Rock apenas 25 anos após terem lançado o primeiro disco ou single, o que significa que o Nirvana poderá ser eleito no ano que vem por causa do single “Love Buzz”, de 1988. As bandas não costumam, entretanto, serem escolhidas já no primeiro ano – o Metallica, por exemplo, teve que esperar.

Mesmo assim, parece bastante plausível que o Nirvana entre no primeiro ano. Quem deveria homenageá-los no evento? Michael Stipe? Eddie Vedder? Neil Young? Patti Smith? Além disso, Dave Grohl e Krist Novoselic vão se apresentar com quem nos vocais? Será que o baterista dos primeiros anos Chad Channing deveria ser homenageado também? Esperamos que essas respostas sejam respondidas no ano que vem.


Chicago

As pessoas normalmente esquecem o quão popular foi o Chicago nos anos 70. Eles lançaram um disco por ano e alcançaram grande sucesso com faixas como “Saturday in the Park”, “Old Days”, “If You Leave Me Now” e “Call on Me”. Quando fizeram grande turnê em 1973, Bruce Springsteen fazia o show de abertura. Os hits continuaram até os anos 80, mas nunca conseguiram se recuperar da saída do vocalista Peter Cetera em 1985. Podem ser eleitos ao Hall da Fama desde 1995, mas nunca foram lembrados.


Gram Parsons

Quando o Byrds foi eleito ao Hall da Fama do Rock em 1991, apenas a formação original foi lembrada, deixando Gram Parsons sem a honra. Muitos disseram que isto seria corrigido nos anos seguintes, mas o ícone do country rock ainda não entrou. Pode ser porque seu grande trabalho esteja dividido entre o Byrds, o Flying Burrito Brothers e seu trabalho solo, ou talvez porque morreu há tanto tempo que as pessoas se esqueceram de sua genialidade. Qualquer que seja a razão, é inteligente assumir que isto poderia ser consertado nos próximos anos. As chances de Keith Richards fazer o discurso em homenagem a ele são de 99%.


Warren Zevon

Parece levar algum tempo para que cantores peculiares sejam eleitos para o Hall da Fama do Rock. Tom Waits, Dr. John e Randy Newman só foram homenageados depois de muitos anos. Warren Zevon não alcançou o mesmo sucesso que esses outros, mas seu trabalho sem dúvida é merecedor.

Zevon ainda tem que aparecer entre os selecionáveis, mesmo que sua morte em 2003 tenha trazido à tona a sua genialidade. O Hall da Fama é muito bom em olhar para o passado e relembrar artistas esquecidos. Pode demorar mais alguns anos, mas sua vez ainda vai chegar. Eles podem chamar Bruce Springsteen para o discurso.


Cheap Trick

O Hall da Fama é notoriamente devagar para induzir artistas do rock progressivo e do metal, mas em relação ao power-pop dos anos 70 é ainda pior. Big Star e Raspberries nem sequer foram lembrados em listas prévias. O mesmo acontece com o Cheap Trick, mesmo que eles tenham muito mais hits e sucesso no mainstream que aqueles outros dois. Canções como “Surrender” e “I Want You to Want Me” são vez ou outra relembradas em rádios. A cerimônia seria interessante para que o grupo se reunisse com o baterista Bun E. Carlos, que saiu por razões que nunca conseguiu explicar.


The Moody Blues

The Moody Blues teve um papel fundamental no início do desenvolvimento do rock progressivo, e hits como “Nights in White Satin” e “Go Now” são clássicos absolutos. Esta é uma banda que arrastou multidões por quase 50 anos. A grande base de fãs da banda se sente desapontada pela ausência da banda no Hall da Fama, mas o comitê responsável pelas nomeações pode lembrá-los.


Yes

O Genesis finalmente entrou para o Hall da Fama do Rock em 2009, quando muita gente pensou que o Yes estaria próximo. Os dois grupos têm muito em comum. Ambos lançaram complexos discos de rock progressivo nos anos 70 e se reinventaram completamente nos anos 80 como hit makers de música pop. A diferença crucial é que o Genesis tinha Peter Gabriel e Phil Collins. O Yes teve uma formação bastante conturbada, e 18 membros diferentes passaram pelo grupo.


Kiss

O Kiss já reclamou muitas vezes do Hall da Fama do Rock, mas é difícil imaginar que eles não apareceriam caso fossem nomeados. Esta não é o tipo de banda que foge do holofote. Eles poderiam até concordar em se reunir como Ace Frehley e Peter Criss para a ocasião. O grupo já foi lembrado em listas prévias, mas não foi eleito. Alice Cooper teve que esperar até 2011, então talvez o Kiss esteja alguns anos distante. Se algum dia eles fossem escolhidos, seria uma performance espetacular.


The Smiths

Imagine o caos que seria se o Smiths fosse eleito para o Hall da Fama. Faria a situação do Guns N’ Roses parecer tranquila. Muitas bandas colocaram suas diferenças de lado durante as décadas para receberam a homenagem, mas com o Smiths não deve ser assim. Morrissey provavelmente escreveria umas 17 cartas públicas para criticar a instituição. Não é preciso dizer que eles merecem mais do que qualquer outra banda dos anos 80, mas eles realmente se odeiam. Morrissey preferiria qualquer outra coisa a dividir um palco com Mike Joyce de novo. Esperamos que algum dia este drama seja resolvido.


Deep Purple

Muitos fãs de música não sabem muito do Deep Purple além de “Smoke on the Water”. Seus primeiros discos foram incrivelmente importantes para a formação do heavy metal. Assim como o Yes, eles tiveram muitos cantores e guitarristas ao passar dos anos, mas o line-up clássico trabalhou duro durante os últimos 15 anos. Eles viajaram o mundo e passaram por Japão, Rússia e Europa de forma bem-sucedida. Infelizmente para eles, os eleitores do Hall da Fama vivem nos Estados Unidos.

O Deep Purple esteve na lista prévia no ano passado, então é possível que o momento deles esteja próximo. Infelizmente, o guitarrista Ritchie Blackmore deixou muito claro que não participaria do evento.