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Gang of Four

Redação Publicado em 10/03/2011, às 16h09 - Atualizado às 16h09

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Divulgação
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Gang of Four

Content

Grönland Records

A banda que traçou o caminho mais inusitado do pós-punk dá o sangue

Lenda-viva é o primeiro termo que vem à baila quando o assunto é o veterano quar teto Gang of Four. Há mais de 30 anos eles viram no groove do funk um caminho alternativo para o punk e gravaram Entertainment!, controversa obra-prima, que influenciou gerações de boas bandas, de Red Hot Chili Peppers e Nirvana a The Rapture e Franz Ferdinand. Só que o título de lenda-viva vem com um fardo embutido. Sempre existe a ingênua expectativa da superação. Quinze anos sem novas composições, a Gang of Four ressurge com Content. É o sétimo álbum de estúdio, que foi idealizado após a reunião para uma turnê com a formação original em 2005. É também o que mais se aproxima do Entertainment! “Second Life”, que fecha o disco, é exemplar. A guitarra de Andy Gill continua a lascar acordes e interferir na narrativa feroz de Jon King e na cozinha, renovada por Thomas Mac Neice no baixo e Mark Heaney na bateria. “It Was Never Gonna Turn Out Too Good”, com o Auto-Tune no talo, mostra que não se cansaram de experimentos ruidosos e a excelente “You’ll Never Pay for the Farm” vem com o teor político igual ao de suas faixas primordiais. Content mostra que a Gang of Four tem mais sangue para dar do que muita banda do revival pós-punk. Seja no palco ou nos frasquinhos com o líquido, que vêm na edição especial e limitada do álbum.

JOSÉ JULIO DO ESPIRITO SANTO