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No Cities to Love

Sleater-Kinney

Bruna Veloso Publicado em 18/02/2015, às 15h39 - Atualizado às 15h58

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No Cities to Love
No Cities to Love

Ninguém esperava que o Sleater-Kinney voltasse quase dez anos após ter anunciado um hiato. Uma das mais importantes bandas punk dos anos 1990 – e, ainda que tenha nascido depois do auge do movimento riot grrrl, representante exemplar das angústias expostas por grupos antecessores, como o Bikini Kill –, o trio nunca fez sucesso suficiente para gerar um clamor público por sua volta. Não importa: como no passado, as integrantes fizeram as coisas por vontade própria, não por pedidos alheios.O resultado? O melhor dos oito discos delas. De “Price Tag” a “Fade”, as dez faixas vêm rápidas e urgentes. Não há lamentos existenciais ou amorosos como nas antigas “Good Things” e “One More Hour”, e as guitarras estão mais precisas do que nunca (dos riffs em espiral de “Surface Envy” à distorção pungente de “No Anthems”). Os vocais antes desesperados de Corin Tucker cedem a um cantar menos gritado, mas não menos imperativo. O álbum as apresenta a um novo público, enquanto abraça os ouvintes de outrora com a promessa de um futuro bastante ruidoso.

Fonte: Sub Pop