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Paul Simon

Redação Publicado em 05/04/2011, às 16h05 - Atualizado às 16h05

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Divulgação
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Paul Simon

So Beautiful or So What

Universal Music

Em trabalho com forte carga de espiritualidade, artista celebra o amor

“Quem acredita nos anjos? Eu acredito”, pergunta e responde Paul Simon em versos de “Questions for the Angels”, um dos dez temas inéditos de So Beautiful or So What, seu primeiro álbum de estúdio em cinco anos. O tom é quase celestial. Parece haver mesmo algo de sagrado nessa inspirada safra autoral do compositor, a julgar por músicas como “Love Is Eternal Sacred Light”. No ritmo dos santos, Simon volta à cena sem procurar impressionar ou se ajustar ao tom industrializado do pop contemporâneo. Ao contrário, neste disco produzido por Phil Ramone ao lado do próprio artista, a intenção foi reconectar Simon ao processo artesanal que moldava seus discos nos anos 70. A alta carga emocional de “Love and Hard Times” indica se tratar de um artista movido por sua própria alma. O que explica a delicadeza do tema instrumental “Amulet”, urdido com cordas, e os ecos afro da obra-prima da carreira solo de Simon, Graceland (1986), detectáveis nos vocais de “Love and Blessings” e “Dazzling Blues”. Um disco vigoroso que celebra o amor em tempos de cólera.

MAURO FERREIRA