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A Arte de Brian De Palma

Hamilton Rosa Jr. Publicado em 14/01/2016, às 15h47 - Atualizado às 15h52

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William Finlay e Paul Williams em O Fantasma do Paraíso. - Divulgação
William Finlay e Paul Williams em O Fantasma do Paraíso. - Divulgação

Da geração dos cineastas inovadores surgidos nos anos 1970 (Coppola, Scorsese, Spielberg), Brian De Palma é um dos menos reverenciados nas enciclopédias de cinema. A Arte de Brian De Palma, que junta três filmes e uma série de documentários extras, resgata a importância dele. Houve um tempo em que De Palma era rotulado como um mero imitador de Alfred Hitchcock, mas até o jeito como ele posiciona a câmera é diferente do usado pelo mestre do suspense. De Palma tem um quê de investigador, está em busca de uma verdade sobre a época em que vive, algo que não interessava a Hitchcock. Nos filmes que dirigiu, ele parece desconfiar de uma era em que há câmeras por toda parte e também do fato de pessoas poderem usar o que fica registrado nelas de forma legítima ou não. A manipulação das imagens e do som está no cerne do thriller Um Tiro na Noite (1981, com John Travolta) e no musical O Fantasma do Paraíso (1974). O terror Irmãs Diabólicas (1973) se mostra como um grande exercício sobre as noções de tempo e espaço.

Fonte: Versátil