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Inquieto e Revolucionário

Orson Welles

HAMILTON ROSA JR. Publicado em 09/12/2015, às 10h14 - Atualizado às 13h03

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Caixa revisita parte da obra do inovador cineasta, que trafegou por diversas vertentes - DIVULGAÇÃO
Caixa revisita parte da obra do inovador cineasta, que trafegou por diversas vertentes - DIVULGAÇÃO

O centenário do nascimento do ator e diretor Orson Welles ocorreu há alguns meses (ele nasceu no dia 6 de maio de 1915), mas nunca é tarde para comprovar como o artista reformulou a linguagem do cinema moderno, indo muito além do revolucionário Cidadão Kane. Esse pack reúne Soberba, A Dama de Shangai, Grilhões do Passado, O Processo, Verdades e Mentiras e É Tudo Verdade. Cada um deles mostra Welles modernizando um gênero. Em Soberba, o melodrama; em Shangai, o cinema noir; em Grilhões do Passado, o thriller de mistério; e em O Processo, o drama psicológico. Já Verdades e Mentiras e É Tudo Verdade flertam com o documentário e são inovadores na forma como questionam o real e a manipulação (no caso do pintor farsante de Verdades e Mentiras) ou contemplam a autenticidade do dia a dia (o trabalho dos pescadores de É Tudo Verdade). Welles era fascinado pela ideia da mentira. Sua própria fama cresceu quando, em 1938, ele pregou uma peça (supostamente de propósito) no povo norte-americano com a transmissão radiofônica da novela Guerra dos Mundos, que fez muitos ouvintes acreditarem que o planeta estava sendo invadido por extraterrestres. O diretor associava a mentira à arte, assim como Pablo Picasso, que dizia que a arte é uma mentira que nos ajuda a compreender a verdade. Infelizmente, no decorrer dos anos, a habilidade de Welles em articular esforços para empreender projetos pessoais foi cada vez mais sendo incompreendida, e ele terminou a vida arruinado, ainda que incansavelmente lutando por suas ideias.

Fonte: Versátil