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Carol Biazin: "comecei a fazer terapia por causa desse álbum"

Pouco menos de um mês após o lançamento de 'REVERSA', Carol Biazin conta como o disco mexeu com sua própria personalidade, entre resgates do passado e sessões de terapia

Eduardo do Valle (@duduvalle) Publicado em 24/02/2023, às 16h15

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Carol Biazin (Reprodução)
Carol Biazin (Reprodução)

"Não sou muito de falar, prefiro fazer música / Eu penso demais, e falo pouco". Na contramão da poesia falada que abre REVERSA, seu segundo álbum de estúdio, a Carol Biazin que encontramos no estúdio da Rolling Stone Brasilfala, e fala bem. Fala das inseguranças que superou para chegar ao resultado do disco, das referências musicais que resgatou da infância paranaense e dos desafios que a levaram do estúdio para a sessão de terapia:

"REVERSA me ensinou que eu tenho que falar mais, mesmo, que quanto mais eu falo, mais consigo levar minha vida com leveza. E é muito massa que tô muito leve. Tô no melhor momento na minha vida. E esse álbum foi o pontapé para minha leveza. Eu comecei a fazer terapia por causa desse álbum."

Aos 25 anos, a cantora expande o universo artístico em um álbum visual com um conceito distinto dos trabalhos anteriores: aqui, ela narra uma história de amor às avessas, começando pelo fim e caminhando até o início. As 14 faixas do disco são divididas em três atos bem marcados, nos quais as referências abundam, do storytelling de Taylor Swift, passando pelo trap de Cardi B até chegar às poesias de Tonico & Tinoco - influências ancestrais da infância no interior.

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Carol Biazin (Reprodução)
Carol Biazin (Reprodução)

"Queria trazer todas as referências que eu já tive, mesmo inconscientemente, referências que eu não sabia que tinha. Eu cresci no interior do Paraná, então o que rolava lá era o sertanejo, músicas muito acessíveis, com papo muito tranquilo e fácil de entender, e eu queria trazer essa leveza para o fim desse álbum porque é assim que ela se sente."

Mais madura e segura se si que em seu álbum anterior, Beijo de Judas ("lá ainda tava aprendendo a escrever, a compor"), a Carol que aparece em REVERSA traz consigo a necessidade de botar para fora sentimentos até então intocados, como ela conta: "A gente trabalha extremismos nesse álbum, porque eu não tive medo de me expor mesmo".

Nas letras, traz referências biográficas e um alter-ego, a "Garota Infernal", personalidade dela própria que deu o pontapé para o surgimento da história contada no material. Isso, além de uma sexualidade latente expressa principalmente em faixas como "Bacardi" e "Playlist de Sexo" - faixa para lá de 'transante', como ela própria aponta, e inspirada por nomes como Baco Exu do Blues, SZA, Jorja Smith, Iza e Ludmilla.

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Confira a entrevista completa de Carol abaixo:


REVERSA: a turnê

Com estreia prevista para o fim de março, no palco do Lollapalooza Brasil, o show de REVERSA promete levar ao público parte da atmosfera teatral que Carol propõe no álbum. A seu favor, ela deve propor uma construção visual já presente nos visualizers do disco, além da própria divisão das 14 faixas - entre músicas e interlúdios - em três atos bem distintos.

Carol Biazin (Reprodução)
Carol Biazin (Reprodução)

"Quero que as pessoas entendam cada ato no palco, no visual, no jeito que a gente vai tocar, se portar no palco. Quero que seja uma brincadeira de teatro, dividido por atos mesmo, e que tudo isso seja bem demarcado, que o público consiga ter várias emoções durante o show. Quero que eles sintam vontade de chorar, mas também de beijar alguém e se divertir, sorrir... é o que eu sempre tento trazer nos meus shows, mas acho que com REVERSA isso vai ser muito natural, muito fácil de fazer."