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Música / Orgulho

Dia da Consciência Negra: 10 álbuns para celebrar a data [LISTA]

Listamos discos de artistas icônicos para relembrar a importância deste dia

Elza Soares, Gilberto Gil, Beyonce e Emicida (Fotos: Getty Images)
Elza Soares, Gilberto Gil, Beyonce e Emicida (Fotos: Getty Images)

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é uma data que busca homenagear o líder de Palmares, que morreu em 20 de novembro de 1695. Conhecido por estar a frente do que um dia foi o maior quilombo do Brasil durante o período colonial, Zumbi se tornou símbolo da resistência da luta negra e antirracista. 

Na música temos diversos exemplos de aristas que usaram sua voz para ecoar esses ideais, e relembrar a importância desta causa. Como “Tributo a Martin Luther King”, imortalizada na voz de Wilson Simonal, ou “Lift Every Voice and Sing”, composição de J. Rosamond Johnson e James Weldon Johnson

Para celebrar este dia listamos abaixo 10 álbuns icônicos e que nos lembram da importância deste dia:

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Mulher do Fim do Mundo (2015), Elza Soares

Lançado há quase 10 anos, Mulher do Fim do Mundo já nasce clássico e nos lembra o motivo pelo qual Elza ficou conhecida como voz do milênio. Não apenas a cantora nos apresenta vocais impecáveis, mas também trata de temas complexos com a facilidade que só uma verdadeira estrela da música consegue fazer. A faixa que dá nome ao álbum é definitivamente uma das letras mais fortes já cantadas pela artista.

Solar: Sun Ra in Brazil (2023)

Um projeto que homenageia a obra de Sun Ra, músico e filósofo do Alabama, esse projeto da Red Hot Organization, funde as composições do artista à percussão bem marcada da Orquestra Afrosinfônica. As canções nos levam por temas como espiritualidade, ancestralidade e afrofuturismo. Tudo fica ainda mais interessante com os artistas escolhidos para integrar o álbum: Xênia França, Tiganá Santana, Max de Castro, Metá Metá, Edgar, Munir Hossn, Hamilton de Holanda, Fabrício Boliveira BNegão.

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Lemonade (2016), Beyoncé

O ano de 2016 foi definitivamente um dos mais importantes de Beyoncé. Já estabelecida como um dos maiores da música pop, a cantora nos apresenta uma nova faceta: a política. Em Lemonade conhecemos pela primeira vez uma Beyoncé preocupada com questões sociais. O clipe de “Formation” é um dos trabalhos audiovisuais mais completos da carreira da Queen B. Vale ressaltar também a participação da cantora na apresentação do Super Bowl do Coldplay, na qual ela e as dançarinas fizeram referências a Michael Jackson e aos Panteras Negras.

África Brasil (1976), Jorge Ben Jor

Lançado em 1976, África Brasilé um marco na carreira de Jorge Ben Jor — à época, ainda conhecido com Jorge Ben. O cantor já era um dos grandes nomes da música brasileira quando lançou o álbum, a novidade aqui é a maneira como o artista brinca com elementos musicais como a adoção da guitarra no lugar do violão. O álbum ainda traz canções icônicas como a ”Taj Mahal”, “Ponta de lança Africano” e "África Brasil (Zumbi)".

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The Miseducation of Lauryn Hill (1998), Lauryn Hill

O único álbum solo de uma das maiores vozes da geração, The Miseducation of Lauryn Hillseria um sucesso se fosse lançado hoje, como foi há 25 anos. Já conhecida por ser uma das integrantes do Fugees, a cantora atinge o auge no trabalho paralelo. O álbum também protagoniza um momento raro e escancara problemas da indústria musical: Lauryn Hill foi a última mulher negra a ganhar um Grammy de álbum do ano.

Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa… (2015), Emicida

Emicida dá aulas em 52 minutos de álbum em que cabem falar sobre relação com a mãe, uma canção de amor em parceria com Caetano Veloso e uma viagem — ou seria uma volta para casa? — em “Mufete”, uma das canções mais lindas da carreira do artista. Em “Boa Esperança”, o rapper fala tudo aquilo que gostaríamos de dizer, mas que por vezes está entalado na garganta. O clipe também é uma obra de arte a parte.

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Nada Como um Dia Após o Outro Dia Vol. 1 & 2 (2002), Racionais MC’s

Um dos maiores nomes do hip hop nacional, Racionais trazem no terceiro álbum de estúdio algumas das letras mais interessantes. Grandes sucessos dos rappers integram as faixas desse disco. Canções como “Vida Loka pt. 1” e “Negro Drama” marcam gerações e trazem, nas letras, versos que vivem no imaginário coletivo dos amantes da música nacional. 

Indigo Borboleta Anil (2021), Liniker

Nos primeiros versos do primeiro disco solo, Liniker já emociona com uma homenagem à cachorra de estimação. “Clau” não é só uma das mais belas letras da cantora, mas um prenúncio do que se segue nas próximas faixas do disco: melodias complexas deliciosas, somadas aos vocais impecáveis, nos lembram que testemunhamos a evolução de uma grande artista. Liniker se tornou a primeira artista transgênero a ganhar um Grammy e na última semana foi imortalizada na Academia Brasileira de Cultura — a primeira travesti a ocupar o cargo. Muitos motivos para nos orgulharmos de Lili.

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Makeba Sings! (1965), Miriam Makeba 

Um dos maiores nomes da música sul-africana, Miriam Makeba era dona de uma voz suave ainda que potente. A cantora que tem como maior hit "Pata Pata" (vale ouvir a versão de Wilson Simonal), mostra toda sua versatilidade nesse álbum. Em Makeba Sings!a cantora nos apresenta canções como “Cameroon” e uma versão imperdível de “Chove-Chuva”.

Refavela (1977), Gilberto Gil 

Se em Refazenda (1975) Gil se volta para as raízes nordestinas, em Refavela o artista se debruça sobre a ancestralidade africana para nos brindar com canções como “Ilê Ayê”, “Babá Alapalá” e “Balafon”. Em 1977, Gil participou do 2º Festival Mundial de Arte e Cultura Negra (FESTAC 77) em Lagos, na Nigéria. O evento reuniu mais de 50 mil artistas afrodescendentes e da diáspora. De lá o cantor traz as influências de afrobeat que ouvimos nesse disco, além a sonoridade de blocos como o Ilê Aiye e Filhos de Gandhy.

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