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Música / Exclusiva

Eloy Casagrande detalha início no Slipknot: "Eles querem que eu traga o máximo de ideias possíveis"

O baterista brasileiro revelou, com exclusividade à Rolling Stone Brasil, como está sendo sua interferência criativa nos ensaios da banda norte-americana

por Wallacy Ferrari (@wallacy) Publicado em 10/06/2024, às 15h20

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Eloy Casagrande no Sepultura e no Slipknot (Getty Images/Jonathan Weiner)
Eloy Casagrande no Sepultura e no Slipknot (Getty Images/Jonathan Weiner)

Em grande fase após comentada saída do Sepultura, Eloy Casagrande retornou ao Brasil para cumprir compromissos pessoais depois de uma bateria de apresentações com o Slipknot nos Estados Unidos, firmando-se como titular nas baquetas da banda de mascarados. Em bate-papo exclusivo com a Rolling Stone Brasil, o brasileiro detalhou a emoção de compartilhar o palco com o conjunto norte-americano.

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Eloy Casagrande (Getty Images)

Classificando o convite como “um prazer imenso”, Eloy afirma que teve um período de testes de dez dias, onde já compuseram novas canções — incluindo a já anunciada "Long May You Die", sem previsão de lançamento. Contudo, ele não enfatizou nenhuma particularidade do conjunto, afirmando que, apesar de contar com nove músicos, a sintonia para passar as músicas dos shows é de uma banda comum, como qualquer outra.

Eloy Casagrande no Slipknot (Jonathan Weiner)

A mudança mais notável se deu pelo kit de bateria do músico, bem maior do que os que já usou ao longo da carreira: “Durante muitos anos, eu usei um kit reduzido que era um bumbo, caixa, dois tons e dois surdos. Era um kit bem minimalista e eu sempre me identifiquei muito com isso, mas nada me impedia de também mudar, de tocar um kit maior e, no Slipknot, foi necessário essa mudança por causa dos arranjos já existentes da banda”.

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O novo set, com quatro bumbos — mesmo que três sejam decorativos com o uso do pedal duplo no principal — conta ainda com três tons, uma caixa Bell Brass, dois surdos, um gongo e uma infinidade de pratos, como apurado pelo portal Beat.it com base em câmeras dos shows recentes. Em meio a tantas peças, Eloy acrescentou que, somente agora, depois de cinco meses com o kit, se sente confortável para criações.

Slipknot (Jonathan Weiner)

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“Eu já consigo fluir de uma forma mais natural, sem ter que pensar tanto no que eu vou fazer. [...] E eu acho que essa mudança veio num momento muito bom, após quase 15 anos usando o mesmo kit. Você muda o seu instrumento, aparecem novas ideias e você abre para novas possibilidades!”, acrescentou.

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Interferência criativa

Engana-se quem acredita que o músico chegou ao grupo apenas para preencher um buraco; pouco tempo após sua entrada, o Slipknot confirmou, através do Twitter, que a nova formação já produz inéditas. Eloy, por sua vez, destacou a liberdade que tem com os membros:

“Pelo que eu sinto, eles querem que eu traga o máximo de ideias possíveis. Seja uma mistura da música brasileira com metal, seja ritmos diferentes."

Ao falar de sua aprendizagem com grandes professores brasileiros, ele ainda reconheceu a essência brasileira em sua musicalidade, enfatizando que o grupo certamente buscou isso na decisão, ainda mais após sua projeção internacional ao ser eleito, por dois anos seguidos, melhor baterista do mundo em eleição da Drumeo, ainda quando estava no Sepultura.

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“Respeitaram isso desde o começo. Em nenhum momento eles chegaram para mim e falaram: ‘Você tem que tocar isso dessa forma, como foi gravado ou como a gente tocava ao vivo’. Não, eles me deixaram de uma forma muito livre”, enfatizou Eloy.