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Música / Processo

Ex-funcionários de Gal Costa pedem indenizações trabalhistas na Justiça; entenda

Espólio e ex-companheira da cantora devem responder ao processo

Redação Publicado em 03/07/2024, às 17h05

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Gal Costa (Foto: Divulgação)
Gal Costa (Foto: Divulgação)

Uma ex-empregada e um ex-funcionário de serviços gerais de Gal Costa entraram na Justiça com ações trabalhistas que podem resultar em indenizações de cerca de R$ 1 milhão. O processo será respondido pelo espólio e pela ex-parceira da cantora, Wilma Petrillo

Documentos do caso apontam que os trabalhadores não tiveram a carteira assinada. Por isso, eles estão pedindo pelo reconhecimento de relação de trabalho, 13º salário, férias, horas extras, verbas rescisórias, seguro desemprego e reajuste salarial, dentre outras reivindicações. 

Estão marcadas duas audiências nas 82ª e 74ª Varas de Trabalho de São Paulo, nos dias 1º e 5 de agosto. 

Disputas

Gal Costa nos deixou em novembro de 2022. Desde então, a herança da cantora tem estado no meio de uma disputa judicial. De um lado, Wilma Petrillo, ex-empresária da cantora, pede o reconhecimento de uma união estável com a artista na justiça. Caso isso aconteça, ela tem direito a 50% do patrimônio deixado por Gal.

Do outro lado, Gabriel da Costa Penna Burgos, filho da cantora que completou 18 anos recentemente, também recorreu à justiça para questionar as reivindicações de Wilma, a quem ele se refere como "madrinha". Segundo a defesa de Gabriel, Gal deixou um testamento que mão incluía Petrillo — e ela teria ciência disso.

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Denúncias contra Wilma

Desde a notícia do falecimento de Gal, diversas denúncias foram feitas contra Wilma, que foi acusada de golpes, ameaças e assédio moral. Uma reportagem da revista Piauí reuniu 13 relatos — de seis ex-funcionários de Gal, seis amigos e um parente — afirmando que a conduta de Petrillo teria levado a cantora à falência. 

Um amigo da cantora, o médico Bruno Prado, contou que Wilma chegou a pedir entre R$ 10 mil e R$ 15 mil reais emprestados para uma cirurgia nos olhos e o dinheiro não foi devolvido no prazo. Ele deixou de ser convidado para shows e festas na casa da cantora e ainda alegou que Petrillo o ameaçou. O médico não havia falado sobre sua orientação para a família e a empresária tentou usar isso contra ele. "Se você continuar me cobrando, eu vou fazer uma coisa muito bonitinha: conto pro teu pai que você é viado". "Quando ela falou isso, eu tremi", relembra ele, que decidiu escrever um e-mail para Gal contando toda a história (via Quem).

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Gal prometeu o pagamento da dívida para Bruno, mas Wilma cumpriu a promessa e falou sobre a sexualidade do médico para o pai dele. "Você vai tomar uma surra tão bonita que vai aprender a respeitar os outros". "Ela dizia coisas como: 'você não tem vergonha de pedir dinheiro para uma mulher mais velha, sua bicha?'.

Outra pessoa que se manifestou contra Petrillo, foi o produtor Marcos Preto. Após a reportagem da Piauí, o profissional que trabalhou com Gal, fez uma postagem que sugere uma defesa à cantora. "É preciso que as pessoas saibam (ou se lembrem) do que acontece de fato: fulano não consegue botar ninguém para correr. Até porque ele nem sabe que está em uma relação abusiva," escreveu.

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A herança

Logo após a morte de Gal, Wilma pediu que fosse reconhecida uma união estável entre ela e a cantora. Ela também ficou com a guarda de Gabriel e foi nomeada a inventariante do espólio da artista. A Defensoria Pública se manifestou contra o pedido da ex-empresária.

O reconhecimento da união entre as duas dá a Petrillo direito de ficar com 50% do patrimônio de Gal. Defensoria Pública alegou que Wilma não apresentou “suficiente documentação comprovatória da alegada união estável”. No mês seguinte, a viúva afirmou que Gabriel declarou, de forma expressa, o bom convívio entre ela e Gal.

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