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Qual o legado do britpop, segundo Alex James, do Blur

Baixista do Blur respondeu à Rolling Stone Brasil sobre o que acredita ser o legado do movimento que marcou o rock britânico dos anos 1990: "Você precisa evoluir para manter-se relevante"

Alex James (Reprodução)
Alex James (Reprodução)

O lançamento de The Ballad of Darren, nono álbum de estúdio do Blur, na última sexta-feira (21), coloca mais lenha em uma fogueira que parece ter reacendido com força recentemente: a do retorno do britpop, para além da nostalgia dos fãs.

Mais que um gênero musical em si, o movimento britânico que reuniu sob um mesmo nome bandas como Oasis, Blur, Pulp, Suede, Elastica, Supergrass, The Verve e outros grandes nomes do rock dos anos 1990, parece ter ganho novo fôlego recentemente. O Suede lançou um novo disco, Autofiction, em 2022; e o Pulp saiu em turnê mais de uma década após a separação do grupo, em 2011 (via NME).

Blur (Reuben Bastienne-Lewis)
Blur (Reuben Bastienne-Lewis)

A tudo, soma-se o retorno emblemático do Blur, que além do lançamento, lançou-se em uma turnê global, com direito a duas datas lotadas no estádio de Wembley, no Reino Unido, além da participação do grupo como headliner em diversas edições do Primavera Sound - a única exceção sendo a justamente a edição brasileira do festival.

Para o baixista do Blur, Alex James, que é considerado 'britpop' mudou muito com os anos, assim como a própria banda os artistas, desde então:

"O Blur mudou muito também desde aquele tempo. Não tocamos junto o tempo todo, mas fizemos discos em 2003 e em 2015 - ok, talvez não façamos tantos discos assim [risos] -, mas agora temos nove discos e nossas 10 músicas mais ouvidas têm uma faixa de cada álbum. Nesse disco há uma evolução grande desde The Magic Whip. Você precisa evoluir para manter-se relevante."

Para o baixista, o principal legado do que se considera o britpop talvez seja justamente 'o senso de saudade e nostalgia', que o movimento traz. É o que explica, enquanto brinca com as próprias características do estilo que marcou a música daquele momento: "As características definitivas do britpop são o quê? Talvez os trompetes ou as seções de metal...? [risos]"

"[O britpop] é algo para o que olhamos hoje em dia com um grande senso saudade e nostalgia. Mas o fato de fazermos um novo disco é algo que muda a turnê de um puro senso de nostalgia para algo atualizado. Então acho que a resposta é, sim, tenho muitas saudades dos anos 1990, mas é ótimo tocar músicas que fizemos nos 2010s e 2020s também. É seguir em frente, sem ficar correndo atrás do próprio rabo."

Para o baixista, o novo álbum marca justamente uma evolução, em vez de uma simples homenagem ao saudoso período do pop britânico: "O mais legal desse álbum é que ele foi uma das melhores coisas que já fizemos e ainda há gás no tanque."