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Música / Entrevista

Royal Blood volta ao Brasil com álbum que 'fez da música em si a prioridade'

Formado por Mike Kerr e Ben Thatcher, duo de rock fará show solo no Brasil pela primeira vez após passagens no Rock in Rio e Lollapalooza

Mike Kerr e Ben Thatcher formam Royal Blood (Foto: Tom Beard)
Mike Kerr e Ben Thatcher formam Royal Blood (Foto: Tom Beard)

Com 10 anos de carreira, o duo Royal Blood, formado por Mike Kerr e Ben Thatcher, prepara-se para realizar algo inédito na carreira: fazer shows solo no Brasil. As apresentações estão marcadas para este sábado, 13, na Audio, em São Paulo, e no dia 16 de abril, no Circo Voador, Rio de Janeiro.

Vale lembrar como esta não é a primeira vinda do grupo no Brasil. Em 2018, eles fizeram parte do line-up do Lollapalooza Brasil, no qual fizeram show no primeiro dia do festival, que acontece anualmente no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e no Rock in Rio 2015.

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Em 2024, Royal Blood chega com o quarto e inédito disco de estúdio na bagagem. Intitulado Back To The Water Below, o álbum foi lançado no dia 1º de setembro de 2023, e conta com uma sonoridade diferente em relação aos outros trabalhos da banda, conhecida por carregar influências do garage rock e blues rock.

Além disso, o álbum veio após um momento bastante conturbado durante a pandemia de coronavírus, quando a dupla lançou Typhoons (2021). Durante entrevista à Rolling Stone Brasil, Mike Kerr comentou como o ao vivo é o elemento mais importante para a banda, algo perdido na crise sanitária. Porém, o processo criativo de Back To The Water Below foi mais tranquilo.

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"Nunca pareceu que teríamos apenas um tipo normal de liberação. E indo direto para a estrada, foi tudo muito... sentimo-nos muito contidos. Então este foi ótimo," afirmou. "Poder estar com nossos fãs no dia no qual o disco foi lançado, e colocar essas músicas novas direto no set, tem sido ótimo.

É aí que realmente conseguimos avaliar tudo. O objetivo de estar em uma banda para nós é tocar ao vivo.

O próprio comportamento do Royal Blood em estúdio não é, necessariamente, buscar uma mensagem/narrativa complexa com os discos de estúdio, mas o processo é muito mais sentimental, para cada ouvinte interpretar as letras da própria maneira.

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"Alguém pode interpretar o significado da música de forma completamente diferente para outra pessoa," continuou o cantor. "Pode ter outra pessoa que nem ouça a letra, [porque] ela apenas gosta dos riffs, ou simplesmente adora a bateria. E tudo bem também. Acho que todos nós ouvimos música à nossa maneira."

Novos horizontes com Back To The Water Below

Com músicas como "Pull Me Through," "Shinner In The Dark," "Mountains At Midnight" e "High Waters," Back To The Water Below surgiu de uma maneira diferente, bastante conduzido quando a dupla estava no piano e "por uma música," segundo Kerr.

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"Por conta disso, tornou o tipo de riffs e o que tocávamos [em algo] secundário, e fez da música em si a prioridade," disse o frontman. "Isso nos levou por um caminho que nunca percorremos antes. Antes, para o bem ou para o mal, a música ficava em segundo lugar.

Era tudo sobre os riffs e o que tocávamos. Para nós, foi interessante mudar isso.

Royal Blood no Brasil após seis anos

Os ânimos do Royal Blood para fazer shows no Brasil não poderiam estar melhor. O cantor da banda descreveu esse momento como "especial," principalmente quando eles percebem que estrearão, com apresentação solo, em um país diferente.

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"Vai ser elétrico, cara! Os shows desta turnê foram simplesmente uma loucura, provavelmente uma das mais loucas que já fizemos," adiantou. "Há uma década de tensão e uma década de expectativa. De ambos os lados. Queremos conhecer nossos fãs e dar o nosso melhor. Então, sim, é incrível."

Há uma intimidade, na verdade. E podemos tocar por mais tempo. Tenho ótimas experiências em festivais e em nossos próprios shows. Parece ser uma comparação contínua, mas é difícil de responder porque cada dia é diferente. Por isso é uma coisa divertida de fazer.