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Animação brasileira é premiada no Festival de Annecy, na França

Uma História de Amor e Fúria recebeu o troféu de Melhor Filme no evento que é chamado de “Festival de Cannes da animação”

Redação Publicado em 17/06/2013, às 12h27 - Atualizado às 12h32

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Uma História de Amor e Fúria - divulgação
Uma História de Amor e Fúria - divulgação

A animação brasileira Uma História de Amor e Fúria foi premiada no Festival de Annecy, na França com o troféu de Melhor Filme de Animação.

Com direção e roteiro de Luiz Bolognesi (Bicho de Sete Cabeças), o longa com linguagem e traços de HQ foi o primeiro trabalho brasileiro a ser selecionado na mostra competitiva do festival, que já tem 53 anos e é conhecida como o “Festival de Cannes da animação”. Das 2500 animações inscritas, 13 foram selecionadas para a mostra paralela e nove para a competitiva.

Entrevista: Animação nacional Uma História de Amor e Fúria mostra a história sob o ponto de vista de quem perdia as batalhas,

Bolognesi fez sua estreia como diretor em Uma História de Amor e Fúria, romance/peça histórica no qual propõe uma espécie de acerto de contas da história do Brasil, retomando três diferentes momentos marcantes da trajetória social e política do país sob o ponto de vista dos que não venceram (o roteiro é bem didático em esclarecer isso). É a voz daqueles que, mesmo que tenham ganhado a luta (a longo prazo e somente em alguns dos casos), perderam alguma das batalhas sofridas e dolorosas nesse caminho.

Selton Mello e Camila Pitanga dão voz aos heróis do filme (que ainda tem Rodrigo Santoro dublando). Os personagens deles atravessam o tempo por meio de um subterfúgio das fábulas. Se apaixonam inicialmente como índios que resistem à colonização do homem branco. Eles se reencontram na época da revolução da Balaiada, no Maranhão, novamente como duas pessoas apaixonadas e lutando por aquilo em que acreditam. Voltam a se encontrar na época da ditadura militar, agora não necessariamente como amantes, mas ainda como almas conectadas. E, por fim, na parte mais interessante, seus caminhos se cruzam em um Rio de Janeiro futurista extremamente sombrio, em 2096, quando a divisa social se faz a partir da separação dos que têm e os que não têm acesso ao mais valioso bem do momento, a água potável.