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Após votação, Senado aprova processo de impeachment e Dilma Rousseff será afastada da Presidência

Sessão teve 55 votos a favor do impedimento e 22 contra; petista será afastada do cargo por 180 dias, período em que acontecerá julgamento

Redação Publicado em 12/05/2016, às 10h01 - Atualizado às 11h38

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<b>Parceria Desejada</b><br>
O vice-presidente Michel Temer, representante de peso do PMDB, ao lado da presidente Dilma Rousseff na convenção do partido, realizada em junho, em Brasília.


 - Fabio Rodrigues Pozzbom/ Agencia Brasil
<b>Parceria Desejada</b><br> O vice-presidente Michel Temer, representante de peso do PMDB, ao lado da presidente Dilma Rousseff na convenção do partido, realizada em junho, em Brasília. - Fabio Rodrigues Pozzbom/ Agencia Brasil

Foi autorizada na madrugada desta quinta, 12, a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) pelo Senado. A decisão foi tomada por volta de 6h30, em sessão que se alongou por mais de 20 horas.

Com o resultado, Dilma será afastada do cargo de presidente, posto que deve ser assumido pelo vice, Michel Temer (PMDB), ainda nesta quinta, 12. Temer será a 41ª pessoa a ocupar o cargo de presidente do Brasil.

A decisão dependia apenas de maioria simples no Senado, depois que foi aprovada pela Câmara no dia 17 de abril. Dos 78 senadores presentes na sessão, 55 votaram contra e 22 votaram a favor da petista.

O Senado tem agora 180 dias para julgar o mérito das acusações contra Dilma, em votação que necessitará de 54 (dois terços) votos favoráveis para acontecer a cassação, mas a expectativa é de que Dilma seja julgada pelas pedaladas fiscais e créditos orçamentários sem autorização antes desse prazo.

Com o resultado, Dilma passa a ser a segunda presidente a enfrentar um processo de impeachment desde o fim da ditadura militar, sucedendo Fernando Collor depois de 24 anos.

Na sessão que começou quarta, 11, e durou até quinta, 12, os discursos dos senadores que se posicionaram a favor do impeachment, em sua maioria, citaram as chamadas “pedaladas fiscais”.

“Sei que alguns discordarão (da minha decisão), mas o que quero deixar claro a meus eleitores e a todos os brasileiros é que ela foi tomada com muito estudo e muita reflexão”, disse o senador Romário (PSB-RJ). “Por tudo que li, vi e entendi, cheguei à conclusão de que há indícios, sim, de crime de responsabilidade fiscal cometido pela presidente da república, que precisam ser apurados. Conclui que há indícios suficientes para admitir o processo.”