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Veja trechos da apresentação de Bob Dylan para um único fã nos Estados Unidos

“Vi o show dele mais de 20 vezes mas, dessa vez, ele olhava para mim. Isso é maluco”, disse Fredrik Wikingsson

Rolling Stone EUA Publicado em 16/12/2014, às 11h19 - Atualizado às 12h38

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O cantor Bob Dylan, à direita, e o superfã dele, Fredrik Wikingsson, à esquerda - Reprodução/Facebook/AP
O cantor Bob Dylan, à direita, e o superfã dele, Fredrik Wikingsson, à esquerda - Reprodução/Facebook/AP

Em novembro, um fã incrivelmente sortudo de Bob Dylan chamado Fredrik Wikingsson foi agraciado com um show privado do ídolo nos Estados Unidos. A apresentação, com Wikingsson sendo a única pessoa na plateia, faz parte de uma série sueca chamada Experiment Ensam, na qual as pessoas passam sozinhas por experiências que costumam ser reservadas a grandes plateias. Veja abaixo trechos do show e as reações de Wikingsson.

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“Vi o show dele mais de 20 vezes mas, dessa vez, ele olhava para mim. Isso é maluco”, diz Wikingsson durante o vídeo. “Na vida, você passa por fases em relação às coisas que você gosta. A única coisa que tem sido constante para mim em 20 anos é Bob Dylan.”

Assista abaixo.

Em entrevista à Rolling Stone EUA, Wikingsson – que tem 41 anos – falou sobre o que sentiu enquanto esperava o ídolo subir ao palco: “A esta altura, ainda pensava que iriam me pregar algum tipo de peça”. “Achava que algum idiota iria subir ao palco e basicamente dar risada de mim. Não conseguia encarar o fato de que Dylan é quem iria fazer isso.”

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Não foi uma brincadeira e dentro de 10 minutos, quando Wikingsson achou o lugar dele, as luzes escureceram e Dylan ocupou o palco ao lado da banda que o acompanha na turnê. Tocando para uma plateia de uma pessoa, eles abandonaram o repertório comum e mostraram “Heartbeat”, do Buddy Holly, “Blueberry Hill”, de Fats Domino, “It's Too Late (She's Gone)”, de Chuck Willis, entre outras.

Houve ainda um jam de blues a qual Wikingsson foi incapaz de identificar. “Eu estava sorrindo tanto que estava meio que em êxtase”, ele diz. “Meu maxilar ficou doendo por horas depois porque eu não conseguia parar de sorrir.”

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A luz se apagou 10 minutos depois que ele entrou. “Estava completamente escuro e vazio”, conta Wikingsson. “Então um cara sobe ao palco e começa a falar com o rapaz responsável pela iluminação. Por acaso, era Dylan e acenou para mim. Não houve nenhum tipo de cerimônia. Ele apenas começou a conversar com o baixista e baterista sobre como eles iriam começar a primeira canção.”

Dylan fez um show público naquela mesma noite, mas Wikingsson preferiu não ir. “Seria muito estranho e nada iria superar aquele momento”, diz ele. “Para ser sincero, fui a um bar karaokê com os caras da produção e cantei até acabar com a minha garganta. Escolhi todas as canções do Dylan, mas eles tinham apenas as versões ruins do Byrds.”

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O show privado de Wikingsson foi gravado por oito câmeras e editado em um vídeo de 15 minutos. “Os fãs podem detestar o fato de que sou eu quem está lá”, diz ele. “Mas [o vídeo] é muito legal. O som estava incrível.”