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Cannes 2013: Jeune & Jolie, de François Ozon, traz à tona o livre arbítrio

O filme atualiza o drama familiar da bela filha que se torna prostituta – e gosta disso

Maria Fernanda Menezes, de Cannes Publicado em 16/05/2013, às 10h44 - Atualizado às 17h18

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Jeune & Jolie - Reprodução
Jeune & Jolie - Reprodução

"Ninguém é inocente", atesta o diretor francês François Ozon ao falar aos jornalistas, em Cannes, sobre seu novo filme, Jeune & Jolie (“jovem e bonita”). Com a belíssima modelo Marine Vacth como protagonista, o conflito psicológico do filme vem a cavalo já em seu primeiro ato, quando a personagem Isabelle descobre que realmente adora sexo e, principalmente, que não se afeiçoa a nenhum parceiro.

Estudante, a garota logo começa a ter clientes de altos bolsos e idades, que lhe rendem milhares de euros em um curto tempo, sem que sua família nem desconfie. Desenvolta em cenas picantes e filmadas com ternura por Ozon, a modelo e agora atriz diz ter gostado da experiência: "Sou modelo, mas tenho um problema com ser atriz. Tive muito prazer em atuar, tenho intenção de continuar e sei que ser atriz é muito mais complexo do que apenas transitar entre profissões”.

O diretor testou várias atrizes para dar vida a Isabelle e declarou que quando viu Marine, achou "que seria perfeita para o papel". "As cenas são muito realistas e vi nos olhos dela um mundo interior, exatamente o que eu queria", afirmou.

A trama se complica quando Isabelle foge, durante um encontro com um cliente que tem um sério problema de saúde, causando uma série desafortunada de acontecimentos que elevam os questionamentos comportamentais, e por vezes hipócritas, ao patamar do julgamento de males maiores e menores. O livre arbítrio tem nesse Ozon mais maduro um belo representante.