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Conor Kennedy revela que serviu na Legião Internacional da Ucrânia: "Eu estava disposto a morrer lá"

Sobrinho-neto de John F. Kennedy e namorado da cantora brasileira Giulia Be, Conor Kennedy afirmou que esteve em segredo na linha de frente da guerra

Redação Publicado em 21/10/2022, às 18h30

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Conor Kennedy (Foto: Reprodução/ Instagram/ @giulia)
Conor Kennedy (Foto: Reprodução/ Instagram/ @giulia)

“Eu sei que essa história vai ser divulgada, então quero dizer minha parte primeiro para tirar o melhor proveito dela e encorajar outras pessoas a agir.” Foi assim que Conor Kennedy, sobrinho-neto do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, começou seu testemunho sobre o período em que lutou "secretamente" durante a guerra na Ucrânia.

No Brasil, o norte-americano de 28 anos é mais conhecido como o atual namorado da cantora Giulia Be, de 23 anos. Na Ucrânia, entretanto, o homem passou despercebido ao alistar-se na Legião Internacional da Ucrânia — e revelou seus serviços apenas algum tempo depois de retornar.

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Conor, então, usou seu perfil no Instagram para narrar as experiências que viveu durante a guerra entre Rússia e Ucrânia. “Como muitas pessoas, fiquei profundamente comovido com o que vi acontecer na Ucrânia no último ano. Eu queria ajudar. Quando ouvi falar da Legião Internacional da Ucrânia, soube que tinha que ir e fui à embaixada para me alistar no dia seguinte”, contou Kennedy.

Chegando lá, eu não tinha experiência militar anterior e não era um grande atirador, mas conseguia carregar coisas pesadas e aprendia rápido. Eu também estava disposto a morrer lá. Então eles logo concordaram em me enviar para a frente nordeste.”

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No relato, Conor afirma que comentou sobre seu alistamento para apenas uma pessoa, e que sequer revelou seu verdadeiro nome para seus companheiros de exército. “Eu não queria que minha família ou amigos se preocupassem, e não queria ser tratado de forma diferente lá”, explicou.

Meu tempo na Ucrânia não foi longo, mas vi muito e senti muito. Gostei de ser soldado, mais do que esperava. É assustador. Mas a vida é simples, e as recompensas por encontrar coragem e fazer o bem são substanciais. Meus amigos lá sabem por que eu tive que voltar para casa. Eu sempre estarei devendo a eles pelo exemplo. Eu sei que tenho sorte de ter voltado, mas também assumiria todos os riscos novamente.”

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Afirmando que a guerra entre Rússia e Ucrânia “como todas as outras, é horrível”, Conor Kennedy disse acreditar que o confronto “moldará o destino da democracia neste século”. “As pessoas que encontrei lá foram as mais corajosas que já conheci. Meus companheiros legionários – que vieram de diferentes países, origens, ideologias – são verdadeiros combatentes da liberdade. Assim como os cidadãos, muitos dos quais perderam tudo em sua longa luta contra a oligarquia e por um sistema democrático”, continuou o norte-americano. “Eles sabem que não é uma guerra entre iguais, é uma revolução.”

Há mais a dizer sobre sua política e o papel dos governos ocidentais lá. Por enquanto, vou só pedir que você ajude em sua capacidade pessoal. Junte-se à legião, ajude na fronteira ou envie suprimentos médicos. Todos os dias, alguém ali sacrifica tudo por uma paz duradoura. Não podemos pedir que eles ajam sozinhos.”

Confira a publicação de Conor Kennedy na íntegra:

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