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DJ das longas horas

DJ King fala sobre a experiência de discotecar ininterruptamente por cinco dias para entrar no Guinness World Records

Por Patrícia Colombo Publicado em 23/03/2011, às 19h05

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DJ King entra para o Guinness World Records após tocar por mais de 120 horas - Divulgação
DJ King entra para o Guinness World Records após tocar por mais de 120 horas - Divulgação

"Estou me recuperando", brinca DJ King, pouco mais de um dia após ter batido o recorde da mais longa maratona de Club DJ-ing já realizada. Agora, o brasileiro já integra o Guinness World Records após tocar ininterruptamente por 120 horas e dois minutos - tempo equivalente a cinco dias.

Em 2009, ele foi convidado a participar do evento, tendo se preparado no ano passado, com 303 apresentações. A princípio, King, além de bater a marca do DJ suíço Cedric Barras (120 horas), tinha interesse em discotecar por 125 horas. "Durante o percurso houve alguns imprevistos [entre eles, em dado momento, uma falha acarretou o desligamento do cronômetro] que acabaram atrapalhando um pouco minha programação e, no final, já muito exausto, decidi terminar ao ultrapassar as 120 horas", diz ele, em entrevista por telefone à Rolling Stone Brasil.

Ele conta que tinha cinco minutos de intervalo por hora para comer e ir ao banheiro. A outra opção era, a partir da quarta hora, acumular esse tempo. "A minha intenção era ficar 48 horas acordado, sem intervalo, e aí eu teria quatro horas extras. Mas acabou não dando para fazer isso", revela. Ficar em pé em cima das pick-ups por tanto tempo não é tarefa fácil, mesmo que tenha, nessa mistura, o prazer de ouvir músicas boas para não deixar ninguém dormir. "A partir do terceiro dia, eu já estava com a coluna muito dolorida e começando a sentir dores nos pés", lembra. Ele diz que não pensou em desistir: "Eu estava determinado em ir até o fim, só pensaria nisso se eu fosse desclassificado por algum motivo".

DJ King levou quase todos os seus vinis para a maratona, visando ter o material necessário para tocar por mais de 120 horas. "[Na preparação] fiz um mapeamento do que precisava para fazer sets diferentes e variados", diz. Ele estava autorizado a repetir faixas depois de um período de quatro horas, mas preferiu se preparar para que isso não acontecesse. "Criei esse desafio para mim mesmo", afirma. Durante esse período, foram executados de samba a black music, passando por reggae, reggaeton, funk, rap nacional e MPB. "Programei para eu ter um musical bem amplo." Além disso, ele contou também com a interação de alguns DJs e MCs. Passaram por lá Edi Rock, KL Jay, Zé Gonzales, entre outros.

A atuação foi transmitida ao vivo em streaming na internet e contou com mensagens de apoio dos fãs de King. "Tive a sensação de missão cumprida", conta. "Fiquei muito realizado. Foi algo muito difícil e trabalhoso de fazer."