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Donovan fala sobre o Hall da Fama do Rock

"É uma honra única, estou mais do que feliz", afirma o ícone escocês do folk

Andy Greene Publicado em 27/12/2011, às 10h26 - Atualizado em 29/12/2011, às 11h41

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Donovan - Reprodução/Site oficial
Donovan - Reprodução/Site oficial

Os fãs de Donovan provavelmente acham que o ícone do folk escocês já tinha entrado para o Hall da Fama do Rock and Roll há anos, mas nós falamos com o próprio “Hurdy Gurdy Man” enquanto ele estava de férias em Mônaco – e ele acha que o timing é absolutamente perfeito.

Conte como foi sua reação logo que ficou sabendo que ia entrar para o Hall da Fama.

É uma honra única, estou mais do que feliz. É ainda mais especial porque estarei lá com alguns dos meus artistas e músicos preferidos. Os caras do Faces são meus parceiros das antigas. A gente saía. Os Chili Peppers, alguns deles apareceram em meu álbum com Rick Rubin [Sutras]. O Guns N' Roses, que conheci na Califórnia e com quem fiz algumas coisas. E, claro, o Beastie Boys. Uma parte muito emocionante disso tudo, para mim, é a inclusão da adorável Laura Nyro, que nos deixou cedo demais. Quando eu era mais novo, eu acompanhei seu auge e seu trabalho extraordinário. Será ótimo vê-la ser honrada também.

Essa é uma honra que passou da hora faz tempo para você.

Ah, eu tenho sido honrado desde o primeiro dia. Basicamente, como um jovem cantor/compositor/poeta chegando na hora que cheguei – saído do mundo boêmio e pousando no palco popular – eu imediatamente me senti honrado. O reconhecimento do trabalho de uma pessoa vem primeiro dos fãs, é claro. E Deus sabe como sempre tenho tido reconhecimento deles.

Homenagens e prêmios são muito interessantes e eu realmente os aceito de coração. Eu tenho muita consideração por tudo que eles significam. O que eles significam é que eles estão apontando para o trabalho. Para mim, o trabalho sempre foi para mostrar aos outros, para guiar os outros, para experimentar e para quebrar todas as regras. Fui bastante reconhecido já e, curiosamente, foi tudo no último ano - desde o Mojo Award, que Jimmy Page me entregou, até o Lifetime Achievement Award, que a BBC me deu pelo mundo folk.

Mas este é único. É mundial e é muito interessante porque os outros foram bastante locais. Então, não, não acho que isso devesse ter acontecido antes. Além disso, entendo que o comitê de votação é composto de músicos, compositores e cantores. Isso também é maravilhoso. É parecido com o Oscar, em que são de fato cineastas que votam. Eles estão votando em um nível muito especial. É ótimo ser homenageado pelos seus colegas. Há tantas pessoas especiais para o comitê de votação escolher. Tenho certeza que é muito, muito difícil para eles.

Meu espaço sempre foi bastante particular na música popular. Eu tenho um passado no R&B, no hard rock e no pop comum, mas nunca me dediquei a fundo a nenhum desses gêneros. Eu sempre experimentei e minhas origens têm raízes muito antigas e acústicas. Era muito difícil me definir. As pessoas sempre ficavam se perguntando: “qual é a dele?". Receber essa homenagem agora vem na hora certa. Olho para o trabalho que fiz e vejo o tamanho da jornada. Mas não é o fim. Não, eu espero que não.