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Duas aquarelas de Hitler vão a leilão em Nuremberg

Obras do líder nazista, que teria entrado para o exército após recusa da Academia de Belas Artes de Viena, são avaliadas em R$ 3,3 mil cada

Da redação Publicado em 19/04/2009, às 10h42

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A aquarela Farmstead, feita por Hitler em 1914, vai a leilão em Nuremberg - AP
A aquarela Farmstead, feita por Hitler em 1914, vai a leilão em Nuremberg - AP

Nuremberg - cidade alemã onde nazistas foram julgados em tribunal por crimes da Segunda Guerra Mundial, entre 1945 e 1949 -, ironicamente, vai acolher o leilão de duas pinturas atribuídas a Adolf Hitler, entre 23 e 25 de abril.

As aquarelas "Farmstead" ("fazenda") e "Farm Buildings on the River" ("prédios da fazenda sobre o rio") levam a assinatura do Führer - então, apenas um aspirante a pintor - no canto esquerdo inferior e retratam cenas campestres. As obras, datadas de 1914, seriam de "qualidade média", segundo Herbert Weidler, o dono da Weidler Auction House, promotora do evento.

Não é a primeira vez que quadros associados a Hitler se submetem à batida do martelo. O estadista teve, em 2006, 21 obras leiloadas na Inglaterra por 118 mil libras (R$ 380 mil) - o dobro do preço esperado.

No final de março, a Mullock's, casa de leilão na Grã-Bretanha, anunciou a venda de outras 13 telas do líder nazista. Segundo a agência de notícias Reuters, Richard Westwood-Brookes, especialista em documentos históricos, afirmou já ter visto "bastante obras de Hitler, e os temas tendem a ser os mesmos". Em sua maioria, paisagens bucólicas e flores.

Quando jovem, Hitler fracassou ao tentar entrar na Academia de Belas Artes de Viena. Diz-se que, a partir daí, ele teria entrado para o exército, lutado na Primeira Guerra Mundial e desenvolvido o ideário nazista.

"Estas não são exatamente as pinturas mais bonitas do mundo", disse Westwood-Brookes, que estimou teto de mil libras (R$ 3,3 mil) para cada quadro. Para ele, os compradores em potencial são "pessoas genuinamente interessadas em Hitler como figura histórica".

As telas negociadas em Nuremberg viriam de um proprietário polonês, nativo de um dos países mais devastados na Segunda Guerra.