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É um desafio incluir músicas novas sabendo que as pessoas querem os sucessos dos Paralamas, diz João Barone

Banda Os Paralamas do Sucesso encerrara a 8ª edição da Rolling Stone Music & Run, neste sábado, 24

Pedro Antunes Publicado em 25/11/2018, às 10h00 - Atualizado às 10h08

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Os Paralamas do Sucesso na Rolling Stone Music & Run (Foto: Fernando Pires)
Os Paralamas do Sucesso na Rolling Stone Music & Run (Foto: Fernando Pires)

Ao final de cada entrevista, vinha sempre a pergunta: “E o novo disco d’Os Paralamas do Sucesso?”. Herbert Vianna, João Barone e Bi Ribeiro respondiam que estavam trabalhando nele, sem pressa.

“Disco precisa ter prazo para terminar”, brinca João Barone, agora com o álbum finalizado, lançado e atualmente em turnê. Ele falava sobre Sinais do Sim, o álbum que tem oito anos de diferença para Brasil Afora, de 2009.

É o disco que dá nome à turnê trazida pelo trio carioca para o Sambódromo do Anhembi, neste sábado, 24, como principal atração da 8ª edição Rolling Stone Music & Run. E com a faixa que dá nome ao trabalho eles abrem a apresentação em São Paulo.

“A gente se depara com um desafio muito comum para bandas com a nossa longevidade”, reflete Barone. Os Paralamas do Sucesso comemoraram 35 anos de carreira no ano passado, veja só. “Que é incluir músicas novas dentro de um setlist sabendo que as pessoas querem os nossos sucessos.”

Ele cita o ex-Beatles Paul McCartney, um mestre das performances ao vivo. “Paul diz isso também. Ele diz que toca as músicas dos Beatles ou os maiores sucessos da carreira solo, ele vê aquele mar de celulares”, conta. “Mas quando ele vai mostrar alguma coisa nova, o pessoal vai pegar cerveja, comprar camiseta e tal.”

É claro, não que isso seja realmente um problema. Se for, é daqueles “bons problemas”. “A nossa sorte é a gente ter tantos sucessos”, Barone diz e ri.

“Acho que temos dosado isso de maneira sensata”, ele avalia. “Pensamos sempre em fazer um setlist interessante no qual a gente possa equilibrar de alguma maneira a vontade do público com as músicas novas.”

Barone vê Os Paralamas do Sucesso como uma banda “old school”, que pensa em álbuns, não em singles. “Ficamos nesse devaneio sobre o lançamento”, conta. “Se soltaríamos as músicas aos poucos, por streaming, mas optamos pelo disco completo."

O mercado contemporâneo da música pede mais que isso. E Barone sabe disso. “Estamos tentando nos adequar ao mundo das redes sociais. A gente tem a nosso favor o fato de estarmos no lugar certo e na hora certa em determinado momento e até hoje tem gente que lembra do nosso trabalho, vai aos nossos shows.”

Para o futuro, o baterista d’Os Paralamas do Sucesso revela que quer voltar a ser referência nos videoclipes, como nos anos 1990 e no início da década seguinte.

“Estamos pensando na maneira mais dinâmica de voltar a esse lugar que ocupávamos com os videoclipes. Estamos pensando em como fazer isso, entregar a música de uma maneira visual bacana.”