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Secretário da Cultura cita Goebbels, braço direito da Alemanha nazista de Hitler, é repudiado e responde: "Coincidência"

Após a explosão da polêmica, Roberto Alvim publicou um texto no qual chama as pessoas que apontaram a semelhança de "corja"

Redação Publicado em 17/01/2020, às 10h23

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Roberto Alvim, secretário da Cultura (Foto:Reprodução)
Roberto Alvim, secretário da Cultura (Foto:Reprodução)

Na noite da última quinta, 16, a Secretaria Especial da Cultura do governo Bolsonaro divulgou um vídeo que causou polêmica nas redes sociais. Na gravação, o secretário da Cultura Roberto Alvim, ao promover o Prêmio Nacional das Artes, parafraseia Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda na Alemanha nazista entre 1933 e 1945.

Assista ao vídeo abaixo.

Durante o mandato, Goebbels, braço direito de Adolf Hitler, deu um discurso no qual disse: "A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada", como documentado na biografia Goebbels: a Biography, escrita por Peter Longerich.

Alvim, por sua vez, diz no vídeo: "A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada"

Além da frase em si, muitas pessoas compararam o tom, a estética e o vocabulário do ministro às propagandas nazistas.

Como resposta à polêmica, Roberto Alvim publicou na manhã desta sexta, 17, um texto no Facebook no qual defende o pronunciamento feito, e diz que foi tudo um caso de "coincidência" e "uma falácia de associação remota", além de classificar aqueles que apontaram a paráfrase como "corja".

Leia aqui o texto completo.

Outro fator apontado foi a trilha sonora do vídeo. A música que toca ao fundo enquanto o secretário da Cultura fala, foi retirada diretamente da ópera Lohengrin, do maestro e compositor alemão Richard Wagner. Na autobiografia de Hitler, o ditador classifica a obra como algo decisico na vida dele.


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