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Entre encontros e desencontros, Coruja BC1 canta a solidão no trap romântico "Éramos Tipo Funk"

Com influências de Drake, rapper apresenta segundo single do novo disco, Psicodelic, a ser lançado em maio de 2019

Pedro Antunes Publicado em 11/04/2019, às 15h30

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O rapper Coruja BC1 promete disco "afrontoso" para maio de 2019 (Foto: Pedro Gomes)
O rapper Coruja BC1 promete disco "afrontoso" para maio de 2019 (Foto: Pedro Gomes)

Tudo se passa em um quarto, com luz vermelha, como se fosse um hotel ou motel. A localização é desconhecida. Ele, descamisado, dorso de fora, mantém rosto firme e sério. Ela, sentada frente a uma mesa de cabeceira, passa maquiagem na pele.

Na verdade, ela não está lá. É só um golpe do coração a afetar a realidade. Memórias ruins que pipocam em espaços outrora ocupados por ambos. "Você se foi, nega / Levou o meu coração / E eu fiquei no esquecimento / Tipo promessa de eleição", diz a música.

O rapper Coruja BC1 examina a saudade, as despedidas e as ausências, em sua nova faixa, "Éramos Tipo Funk", cujo clipe ganha lançamento exclusivo na Rolling Stone Brasil, nesta quinta-feira, 11 - assista ao vídeo no final do texto.

"É um clipe que fala sobre os encontros e desencontros da vida, ao mesmo tempo, fala sobre as feridas causadas por isso", revela o rapper.

No vídeo, cuja direção e produção é assinada por BC1 e Matheus Rigola (direção) e Juliano Souza (produção), tem roteiro assinado pelo próprio rapper. No vídeo, o protagonista é interpretado pelo também rapper Zudizilla. Já a personagem feminina, alvo da saudade, é Bruna Maia.

"O protagonista lembra da pessoa amada, quando na realidade ela está presente o tempo todo, mas eles já criaram uma certa distância na relação", explica o rapper. "A presença de ambos no mesmo espaço [do vídeo] traz a solidão pra ambos, e cada um reage de um jeito."

"Éramos Tipo Funk", explica BC1, integra a "tríade sobre a afetividade", do novo disco dele, chamado Psicodelic, a ser lançado no dia 23 de maio. De forma sagaz, dentro desse ambiente sonoro de trap romântico, com as BPMs mais vagarosas, o rapper é capaz de cantar o presente, da solidão, e o passado, quando a relação desandava.

Ele conta que cantou a canção sobre o metrônomo, cru, e depois WillsBife criou a base, "comigo dando palpite para caramba".

"Éramos Tipo Funk" é a última das três faixas sobre afeto em Psicodelic, conta ele, "escolhi começar pelo final porque adoro a esperança de recomeços", explica.

Com o potente álbum anterior, NDDN, ou No Dia Dos Nossos, fez bem à carreira de Coruja BC1. Um disco imponente, vindo do rapper paulistano. Levou três anos para ser criado e, na época, ele explicou a este repórter que o tempo de produção foi longo porque ele queria que a carreira tivesse o começo certo.

À Rolling Stone Brasil, Coruja BC1 explica como Psicodelic não estava nos planos, até o segundo semestre de 2018. "Estava com alguns problemas, depressão entre outras coisas, decidi me afastar um pouco de tudo pra cuidar da minha saúde mental, foi nessa época que me veio o disco, vontade de desabafar coisas que nunca falei, e também estudar mais pra fazer um álbum. É um trabalho totalmente diferente do que eu já fiz ou vejo outras pessoas fazerem", conta.

Assista ao clipe de "Éramos Tipo Funk", de Coruja BC1:


Antes da beleza entristecida pela saudade de "Éramos Tipo Funk", BC1 soltou a raivosa "Apócrifo", produzida por Deryck Cabrera - e mixagem de WillsBife - uma porrada.

"Psicodelic", digamos, é um álbum afrontoso", explica Coruja BC1 e segue: "Sua maior característica é que é necessário, ainda mais em tempos tão sombrios como o que estamos vivendo neste exato momento."