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Família de Marvin Gaye entra na Justiça contra Robin Thicke

Herdeiros acusam o cantor de plagiar "Got to Give It Up”, de 1977, no hit "Blurred Lines"

Rolling Stone EUA Publicado em 31/10/2013, às 14h02 - Atualizado às 14h10

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Robin Thicke - Blurred Lines - Reprodução
Robin Thicke - Blurred Lines - Reprodução

Os herdeiros de Marvin Gaye estão contra-atacando Robin Thicke além do hit “Blurred Lines”. A família, que inicialmente reclamou que a música é plágio de “Got to Give It Up”, de 1977, afirmou agora que o cantor roubou de outras duas músicas da lenda do soul.

Para Robin Thicke, o sucesso demorou uma década para chegar e precisou de três modelos seminuas.

Em agosto, os compositores de “Blurred Lines” – Thicke, Pharrell Williams e Clifford Harris Jr – processaram preventivamente o espólio de Gaye depois de reclamações para afirmar que o hit é “bem diferente” de “Got to Give It Up”. Agora a família entrou na justiça para acusar Thicke não apenas de copiar “Got to Give It Up” mas também por infringir direitos autorais da música “After the Dance” em faixa-título do disco Love After War, de 2011. Os papeis indicam ainda uma busca no resto do catálogo de Thicke para revelar uma “fixação por Marvin Gaye”, segundo noticiou o site da revista The Hollywood Reporter.

No processo, os herdeiros acusam Thicke de escrever refrão, melodia e mais similares em “Love After War”, em relação à “After the Dance”. Eles também o acusam de incluir “pontes similares e letras idênticas de ‘I Want You’, de Gaye, em ‘Make U Love Me’”.

O processo vai atrás também da distribuidora de Gaye, EMI, que agora opera sob a companhia que negocia a música de Thicke, a Sony/ATV. A família acusa o selo de não proteger o repertório do cantor, tentando afastar a família de recursos legais e deixando de lado a neutralidade diante do conflito de interesses. A meta dos acusadores é que a EMI perca os direitos sobre as músicas de Gaye, assim como lucros acumulados com “Blurred Lines”.

Vídeo: estudantes fazem versão feminista de “Blurred Lines”.

Especificamente, o processo cita o presidente da EMI e seu representante legal e revela supostas acusações feitas à família de “arruinar uma música incrível”, “matar uma galinha de ovos de ouro” e aniquilar as possibilidades de “Blurred Lines” vencer um Video Music Awards, da MTV, ou um Grammy. A família ainda afirma que a EMI plantou uma falsa história de que ofereceu um acordo e este foi recusado.

O arquivo cita que Thicke admitiu que roubou música de Gaye em entrevistas. Um trecho de depoimento dado à revista GQ é citado, em que o cantor afirma que “Got to Give Up” é uma de suas músicas favoritas e que disse a Williams: “Temos que fazer alguma coisa com este groove”. Desde então Thicke nega qualquer relação entre as canções.

A família ainda ressalta que críticos da Rolling Stone EUA e do jornal The New York Times notaram a semelhança. Também cita um especialista que afirma que a música de Thicke “vai além das similaridades que podem resultar da evocação de uma era da música ou de um gênero compartilhado”.

Robin Thicke ainda não comentou os novos desenvolvimentos deste caso.