Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Indies em São Paulo

Foals abre para o Red Hot Chili Peppers na Arena Anhembi, nesta quarta, 21; banda deve começar a trabalhar em álbum de inéditas no ano que vem

Patrícia Colombo Publicado em 21/09/2011, às 14h59 - Atualizado às 16h11

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Foals deverá lançar álbum de inéditas no ano que vem - Foto: Divulgação
Foals deverá lançar álbum de inéditas no ano que vem - Foto: Divulgação

A primeira apresentação do Red Hot Chili Peppers com a turnê do disco I’m With You no Brasil acontece nesta quarta, 21, na Arena Anhembi, em São Paulo. Mas antes de a banda liderada por Flea e Anthony Kiedis pisar no palco, um outro grupo aquecerá a plateia: os britânicos do Foals. A banda conversou com a Rolling Stone Brasil, em um hotel na capital paulista, sobre a experiência de abrir os shows da turnê dos californianos e acerca de planos para novo álbum, sucessor do elogiado Total Life Forever, de 2010.

Leia textos das edições anteriores da Rolling Stone Brasil - na íntegra e gratuitamente!

O vocalista Yannis Philippakis, o guitarrista Jimmy Smith e o tecladista Edwin Congreave são simpáticos, mas não conseguem esconder o tédio por estarem fechados em uma sala de hotel para uma série de entrevistas. Ao falar sobre seu ofício, a banda indie de Oxford diz fugir das musicalidades locais e procurar investir em outras sonoridades, misturando seu pop rock quase sempre dançante (e nunca óbvio) a elementos vindos de outras partes do mundo. “Definitivamente não tentamos ter um som característico do Reino Unido, como uma banda britpop e coisas do tipo”, afirma Smith. Philippakis complementa: “Quase não ouvimos nada vindo de lá. Escutamos música clássica, latina, africana, árabe...” Caso consiga um tempo livre na turnê pelo Brasil, a banda pretende, com um bom grupo de gringos, correr atrás de bolachões clássicos nacionais em lojas espalhadas por aí.

“Um desafio de estar na banda é manter o equilíbrio entre sentirmos que estamos fazendo algo artístico, mas também não nos perdemos em nós mesmos, para que também possamos fazer algo acessível”, explica o frontman. Total Life Forever é o segundo álbum de estúdio do grupo, sucessor de Antidotes (2008), e foi visto com bons olhos (ou escutado com bons ouvidos, como preferir) pela crítica internacional – boa parte das faixas aliás, deverá integrar o set list da apresentação desta quarta, 21. “Disseram que se tratava de um trabalho mais ‘maduro’. Essa palavra, para mim, não significa nada. Trata-se de um álbum com um som diferente”, diz Philippakis. “Não queremos estar sempre igual. Quando fizermos um outro álbum, ele será novamente diferente.”

Os integrantes dizem ter planos para se dedicar ao novo disco assim que a turnê terminar, mas sem pressão. “As coisas fluem melhor quando não pensamos muito a respeito ou discutimos sobre isso. E necessitamos de um ambiente em que esteja tudo bem, ter tempo, sem pressão para compor”, afirma o vocalista. Eles afirmam que antes de 2012 não haverá um novo disco.

Com Chili Peppers

“Tem sido uma experiência ótima porque os shows são enormes”, conta Edwin Congreave. “E é um desafio esquisito e divertido poder tocar para grandes plateias que quase não nos conhecem. No geral, o público tem nos apoiado, algumas bandas às vezes abrem shows e levam garrafadas, essas coisas. Isso ainda não aconteceu com a gente [risos].” Musicalmente, o Foals e o Red Hot Chili Peppers são bem diferentes, mas a relação entre as bandas, segundo os britânicos, tem sido boa. “Não os conhecíamos antes, mas saímos algumas vezes com eles durante a turnê”, conta Philippakis. Jimmy Smith acrescenta: “Eu com certeza vou dizer aos meus amigos que fiquei amigo do Flea [risos]. Ele é demais”. Sobre a musicalidade dos experientes californianos e a postura deles em palco, mais elogios. “Temos a tendência de complicar as coisas e o que é mais inspirador nos Chili Peppers, para mim, é ver o poder de simplicidade deles”, argumenta o cantor. “São provavelmente uma das poucas grandes bandas que ainda agem como uma banda de verdade, sem baboseira”, diz Smith.