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Judas Priest vem ao Brasil e não fala em adeus: Vamos anunciar uma turnê de despedida, mas não agora, diz baixista

Banda liderada por Rob Halford se apresenta em São Paulo no Festival Solid Rock, ao lado de Alice in Chains e Black Star

Paulo Cavalcanti Publicado em 06/11/2018, às 08h02

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Reprodução
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O Festival Solid Rock reunirá três bandas de rock pesado com sonoridades e trajetórias distintas: foram escolhidos os veteranos do  Judas Priest, do Alice in Chains e do Black Star. O evento acontecerá na Pedreira Paulo Leminski (Curitiba, 8), no Allianz Parque (São Paulo, 10), e no KM de Vantagens Hall (Belo Horizonte, 14).

O Judas Priest já se apresentou aqui incontáveis vezes, mas o show do quinteto é sempre muito aguardado pelos fãs. Desta vez, o grupo britânico tem novidades, já que vem para mostrar faixas do álbum Firepower, lançado em março deste ano.

Quando se fala no Judas Priest, logo vem à mente a figura do vocalista Rob Halford. Mas a força estabilizadora é o baixista Ian Hill, agora com anos 67 anos. Ele é o verdadeiro fundador da banda, responsável pelo pontapé inicial para o surgimento do grupo em 1969 – Halford entrou apenas em 1973.

Sempre calmo, Hill falou sobre o show no Brasil e aproveitou para contar como tem sido as quase cinco décadas como líder de uma das mais importantes bandas de heavy metal do mundo. “Não sou frontman. Eu prefiro ficar no fundo”, diz.

“A esta altura, nós conhecemos o Brasil muito bem, e sabemos o que esperar dos fãs. É sempre uma ocasião incrível tocar aí”, fala Hill. “Os fãs sempre nos deixam animados. Temos agora Firepower para mostrar. Já é um dos meus discos favoritos, entre todos os que gravamos.”

Sobre a apresentação, Hill diz que o repertório será bem diversificado: “Escolhemos algumas faixas-chave de Firepower”, diz. “Mas a apresentação também terá os maiores hits do Judas e algumas coisas mais antigas, que raramente tocamos. Faremos um bom resgate deste material.”

Hill comenta que a boa repercussão do trabalho mais recente deu um gás extra à banda, afirmando que este não é o momento de encerrar as atividades. “Logos vamos anunciar a turnê de despedida”, fala. “Mas não por enquanto. A turnê de Firepower está dando muito certo, como vocês vão ver. E no ano que vem, são os 50 anos oficias do surgimento do Judas. Não sei o que vai acontecer, mas é uma ocasião muito boa para ainda seguirmos celebrando”.

O baixista também foi responsável pela entrada de Rob Halford no Judas Priest, em 1973, o que definiu a sorte da banda. Hill namorava Sue, com quem viria a casar. Ela, por sua vez, era irmã de Halford, e foi através desse elo que o baixista começou uma amizade com aquele que seria o vocalista de sua banda. Logo eles estariam viajando o mundo e tocando juntos.

“Ao longo destas décadas, nossa amizade nunca ficou abalada, nem mesmo quando o Rob saiu da banda por um tempo em busca de uma carreira solo”, conta Hill. “Ele é meu grande companheiros e, quando estamos com dificuldade, sempre procuramos um ao outro. Somos como irmãos e mantemos a humildade. Afinal, são 45 anos de convivência quase ininterrupta.”

Hoje, o Judas Priest tem o status de ser uma das bandas mais bem sucedidas da história do heavy metal. Por muito pouco eles não entraram para o Hall da Fama do Rock and Roll. Hill comenta o fato: “Nós, em particular, não ligamos muito para este tipo de solenidade”, diz.

“Mas é claro, estar no Hall é importante também, já que é um reconhecimento da indústria da música. E os fãs se preocupam muito com isto, também. Vamos ver se em breve estaremos lá. Os 50 anos da banda estão logo aí, pode ser uma ocasião excelente para isso”, finaliza.