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LabSonica: por dentro do novo estúdio carioca, que funciona com editais para residência de artistas e bandas

Espaço criado pelo Oi Futuro, da Oi, começa a funcionar ainda este ano e já tem primeiro edital aberto para “consulta” pública

Lucas Brêda, do Rio de Janeiro Publicado em 05/09/2017, às 18h38 - Atualizado às 19h33

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Evento de lançamento do estúdio LabSonica, no Oi Futuro, no Rio de Janeiro - Renata Mello/Divulgação
Evento de lançamento do estúdio LabSonica, no Oi Futuro, no Rio de Janeiro - Renata Mello/Divulgação

A partir deste mês, o Rio de Janeiro passa a ter um espaço para gravação e produção de música a partir de editais públicos. Na última segunda, 4, o Instituto Oi Futuro, da Oi, anunciou a criação do LabSonica, estúdio e “laboratório sonoro” que vai receber bandas e artistas selecionados para residências no local.

O LabSonica foi revelado com uma festa promovida no centro cultural do Oi Futuro, no Rio de Janeiro, incluindo shows inéditos da cantora Alice Caymmi com a banda de jazz Relógio de Dali e do Combo Cordeiro (do filho, Felipe Cordeiro, com o pai, Manoel) com participação de Keila (ex-vocalista do Gang do Eletro). O prédio foi inteiro ocupado, com instalações artísticas (como a do coletivo paulista Cão, com curadoria de Chico Dub, do festival Novas Frequências) e uma mesa de debates sobre o mercado da música atual.

O LabSonica deve funcionar nos moldes do Red Bull Studios de São Paulo, com um marca “patrocinando” determinados projetos e fornecendo o espaço para seu desenvolvimento. No caso do “laboratório” da Oi, a seleção dos artistas a serem contemplados acontece a partir de editais. No Red Bull, foram gravados álbuns como o premiado A Mulher do Fim do Mundo (2015), de Elza Soares, e os elogiados Duas Cidades (2016), do BaianaSystem, e Remonta (2016), de Liniker e os Caramelows, entre muitos outros.

Enquanto o evento acontecia no Oi Futuro, foi revelado que o primeiro edital do LabSonica já está aberto para consulta pública, ou seja, com uma espécie de “funcionamento colaborativo”. Na prática, há um projeto de edital sugerido, mas o público comum pode opinar sobre como o edtial deve funcionar, como deve feita a seleção, entre outra questões. Apenas após um tempo (não determinado) recebendo sugestões é que as inscrições para as ocupações do local se abrem de vez.

Apesar de semelhante ao Red Bull, o LabSonica tem maior foco em alguns tipos de produções mais periféricas do mercado musical. O estúdio espera trabalhar com música para exposições e instalações artísticas, além de trilhas sonoras de games, entre outros projetos. O novo espaço da Oi busca contemplar não só músicos, mas artistas plásticos, produtores, técnicos e DJs e até servir de espaço para ensaios, pequenos shows, exibições, audições e workshops.

Em suas falas no anúncio do “laboratório de experimentações sonoras”, o gestor de cultura do Oi Futuro, Roberto Guimarães, ressaltou a intenção do projeto de promover encontros e “cocriação”. O LabSonica inclusive conta com um espaço de coworking para selos independentes, com o objetivo de aproximar iniciativas, artistas e profissionais independentes que estão à margem do mercado mainstream.

O LabSonica foi projetado pelo produtor musical Rodrigo Vidal e pelo engenheiro de gravação Carlos Duttweller. O espaço fica localizado no prédio administrativo do instituto Oi Futuro, na Rua Dois de Dezembro, bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro.