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Parte do catálogo do Radiohead é retirado dos serviços de streaming devido a negociação; entenda

Direitos dos discos anteriores a Hail to the Thief, de 2003, estão sendo transferidos para o selo XL Recordings

Rolling Stone EUA Publicado em 05/04/2016, às 17h32 - Atualizado às 17h54

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Thom Yorke à frente do Radiohead durante show no México, em 2012 - GDA/AP
Thom Yorke à frente do Radiohead durante show no México, em 2012 - GDA/AP

Lados B, faixas ao vivo e outras músicas externas a discos dos relançamentos de álbuns do Radiohead, de Pablo Honey (1993) a Hail to the Thief (2003), foram retirados dos maiores serviços de streaming como parte de uma transferência de direitos da obra da banda pré-In Rainbows.

Fãs atentos no Reddit foram os primeiros a notar a mudança no catálogo de streaming da banda, notando que não apenas todos os lados B e faixas extras dos relançamento de 2009 foram removidas, mas agora todos os discos do Radiohead de antes de In Rainbows foram marcados com o logotipo da XL Recordings, de 2016.

Na Apple Music, In Rainbows permanence atrelado ao selo da banda, Xurbia Xendless LLC, enquanto The King of Limbs está sob outro selo do grupo, Ticker Tape Ltd.

“Como resultado de uma transferência do catálogo do Radiohead da Warner Music para o Beggars Group [do qual faz parte a XL Recordings], o catálogo da banda no Spotify tem sido reorganizado, o que significa que uma parte dos produtos não está mais disponível”, disse um representante do Spotify em comunicado.

Um representante da XL Recordings também se pronunciou em comunicado: “Este é o primeiro passo da transferência do catálogo antigo do Radiohead da Parlophone à XL. Os álbuns principais serão disponibilizados no formato original, à princípio, antes que o material extra seja reconfigurado.”

O comunicado seguiu: “Em 2006, a XL Recordings lançou o disco solo de estreia de Thom Yorke, The Eraser. Em 2007, o selo lançou In Rainbows, do Radiohead, no resto do mundo (excluindo a América do Norte) e, em 2011, o álbum The King Of Limbs, também mundialmente, exceto na América do Norte. Em 2013, a XL lançou Amok, do supergrupo de Yorke, Atoms For Peace.”

Uma fonte próxima à situação confirmou à Rolling Stone EUA que o catálogo do Radiohead estava encaminhado à XL Recordings como parte de um “processo de desinvestimento” que fará com que catálogos de artistas da Parlaphone sejam eventualmente transferidos para gravadoras independentes.

O Radiohead, talvez o maior nome ainda atrelado à Parlophone – o catálogo dos Beatles foi encaminhado à Universal como parte do acordo da EMI –, também acontece de ser o primeiro artista cujos direitos mudaram de mãos no processo de desinvestimento.

Apesar dos rumores de um iminente álbum do Radiohead e a associação da XL com a banda, a fonte acrescenta que os planos do grupo de nenhuma forma influenciaram a aquisição da XL: foi uma coincidência que o processo de desinvestimento tenha concluído apenas semanas antes de o Radiohead anunciar que estaria dando fim ao hiato e saindo em turnê (e potencialmente lançando o sucessor de The King of Limbs).

Ainda que a fonte não saiba quais são os planos imediatos da XL para o catálogo do Radiohead, eles acrescentaram que está dentro do direito deles agora relançar os discos, se assim quiserem. “Isso dá à banda a oportunidade de começar do zero em uma nova casa”, disse a fonte.

O primeiro contrato do Radiohead foi com a Parlophone – subsidiária da EMI – e expirou depois do lançamento de Hail to the Thief. Depois que a empresa privada Terra Firma comprou a EMI, as propriedades da gravadora foram divididas e vendidas à maioria das grandes empresas em 2011.

Enquanto a Universal comprou o catálogo próprio da EMI, as propriedades da Parlophone foram compradas pela Warner Music, que detinha os direitos sobre a obra do Radiohead até que o catálogo foi negociado com o Beggars Group.